Um Amor Além da Vida: 4 - Iguais, mas Diferentes


Capítulo 4 – Iguais, mas Diferentes

Mas quem disse que coincidências não existem? Eu havia jurado para mim mesma, que a chance de vê-la era 1 em 1 milhão! E não é que esse 1 fez diferença? Eu tive faculdade naquela manhã e fui para casa na hora do almoço. Comi qualquer porcaria que tinha na geladeira, que na maioria das vezes estava meio vazia, pois como morava sozinha e nunca fui a rainha da organização, faltava muitas coisas na minha casa. Teria aula de violão mais à tarde, pois apesar de já saber tocar, eu fazia essa aula para praticar e para meu próprio prazer.

 Resolvi ir ao meu lugar preferido: A loja de rock do centro. Lá eu sempre encontrava meus amigos, ficava conversando com as atendentes, escolhia as novidades para comprar e etc. Qual não foi minha surpresa, nessa tarde, ao esbarrar em alguém novamente?

- Desculpa. – eu ouvi aquela doce voz novamente. Sim, era ela.

- Mais uma vez nos esbarramos! – eu disse realmente feliz.

- Muita coincidência – ela comentou olhando para amiga dela. O que será que eu perdi?

- Não sabia que você gostava de rock.

- Eu? – eu quase respondi “não, sua mãe!”, mas resolvi ser educada.

- É. Aqui só tem coisas de rock.

- Ah! É que eu estava passando na frente da loja e fiquei interessada nas coisas. O que você estava olhando?

- Uns CDs aqui. Se você quiser, posso te indicar algumas bandas ótimas!

- Claro que eu quero. – nós paramos nos olhando por alguns segundos. Aqueles olhos castanhos me hipnotizavam! Mas... De novo Carla nos interrompeu.

- E vocês vão esperar a coincidência as juntar de novo, ou vão pegar o telefone uma da outra? – eu dei risada, e a Pri? Bom, quase morreu de vergonha.

Anotei o telefone dela no meu celular e dei meu número em um papel. De repente, Carla quis ir embora, sozinha. Deu uma desculpa qualquer para nos deixar sozinhas e saiu, sob os protestos de Priscila. Resolvi tomar uma atitude.

- E aí? Quer tomar um sorvete?

- Ah, claro! – fomos andando até uma sorveteria ali perto.

Pegamos um picolé cada uma e sentamos para conversar, em frente a sorveteria. Estava uma brisa gostosa aquela tarde. Eu percebi que ela me olhava de cima a baixo, não perdendo nenhum detalhe.

- O eu foi? Estou feia? – disse curiosa pelo que ela responderia.

- Muito pelo contrário. Está realmente linda. – a menina me olhava como se me devorasse só com os olhos.

- Obrigada Pri. E aí? O que faz da vida?

- Eu?

- Que mania de responder minhas perguntas com outra pergunta!
- Ah! Me desculpa! – ela disse rindo de uma maneira muito doce. – É que às vezes eu viajo um pouco.

- Sem problemas.

- Respondendo a sua pergunta, faço faculdade de Medicina, e você?

- Eu faço faculdade de Direito, e música.

- Música é?

- Sim. Toco violão.

- Jura? Eu amo violão, mas não sei tocar.

- Eu vou ter uma aula de violão agora mais tarde, se você quiser ir comigo... – é lógico que ela vai recusar, nem me conhece direito! Que idiota por perguntar uma coisa dessas.

- Eu adoraria ir.

- Que bom! Que tipo de música você gosta?

- Ah, um monte. Mas, pelo que já deu para perceber, rock e anos 70, 80 e 90.

- Ah sim! Eu também! Mais algo em comum.

Nos olhamos nos olhos por uns segundos, tentando nos decifrar. Às vezes éramos muito parecidas em algumas coisas...

- Que tipo de bebida você gosta? – ela me perguntou.

- Eu amo café. Odeio chá.

- Eu amo chá. Odeio café. – Em outras coisas, totalmente diferentes.

Nós rimos e eu achei seu sorriso completamente cativante! Eu nunca fui de ficar de queixo caído por qualquer garota, mas aquela realmente mexia comigo.

- Gosta de poesia? – eu perguntei para ela.

- Claro! Poesia é minha vida!

- Eu também acho! Alem de cantar, amo escrever poesias.

Conversamos por mais algum tempo, até que deu a hora para irmos até a minha aula de violão. Como eu amei esse dia! Inesquecível.

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