Love Game: 12 - Amor e Ódio


Capítulo 12 – Amor e Ódio

            A delegacia já estava vazia quando guardei os papéis dentro da gaveta. Tinha ficado até mais tarde, resolvendo alguns problemas. Passei a mão pelo rosto, estava cansada. Foi então que uma idéia repentina me passou pela cabeça: como será que Sally estava passando?

            Essa curiosidade me fez sorrir e deixar meu casaco onde estava no encosto da cadeira. Tínhamos algumas celas internas dentro da delegacia, onde alguns suspeitos ficavam detidos, pois ainda não precisavam ir para a cadeia mesmo.

            Entrei por uma porta, onde havia um corredor comprido, com celas dos dois lados. Felizmente, poucas estavam ocupadas. Na última da esquerda, residia Sally. Tentei não fazer barulho ao andar, e parei bem em frente à cela dela. Havia uma janela pequena no canto da parede, bem no alto, que fazia com que a luz da lua se propagasse ali dentro, não a deixando totalmente no escuro.

            Ela estava ali, deitada na cama, olhando para o teto. Fiquei ali, admirando-a. Senti meu coração bater mais forte no peito. Os cabelos loiros lhe caiam pelos ombros e um dos braços estava em baixo de sua cabeça, apoiando-a.

            Quando escutou o barulho da chave abrindo o cadeado, não se mexeu. Apenas sorriu. Sim, eu conseguia visualizar seu riso de ironia nos lábios. Voltei a trancar as grades, colocando a chave presa no cinto.

- O que você quer agora? – perguntou agressiva.

- Eu... Queria te ver. – disse hesitante.

            Ela sentou-se, encostando as costas na parede, voltada para mim. Olhou-me de cima a baixo, para então dizer:

- Gostou da brincadeira, e agora não quer parar de brincar, não é?

            Levantou-se, finalmente, e veio andando até mim como uma gata, sensualmente. Até naquela roupa de presidiária ela ficava linda!

- Eu, queria dizer que... – não deixou que eu acabasse a frase.

            Colocou o dedo indicador nos meus lábios e sorriu novamente. Calmamente encostou seus lábios nos meus e os beijos começaram, leves, depois ardentes, exigentes. As mãos em volta do meu pescoço, em meus cabelos, em minhas costas.

            Virou-me de costas para ela e fez me encostar à parede, com o rosto e as mãos apoiadas nesta. Encostou seu corpo colado ao meu, enquanto se movimentava, movimenta-me junto. Com as mãos desabotoando minha calça, que logo caiu ao chão.

Com a mão esquerda, enrolou-a nos meus cabelos, segurando-os com força. Com a outra, desceu até a minha coxa, alisando-a, para então deslizar até meu sexo que latejava de desejo. Movimentava meu clitóris com maestria, enquanto minha respiração começava a ficar mais rápida.

- Não era isso que você queria? – penetrou seus dedos lentamente dentro de mim, enquanto movimentava-os para frente e para a trás. Gemi em assentimento.

- É isso o que você sempre quis, hã? Meus dedos te fodendo até você gritar de prazer. – seus dedos aumentaram o ritmo rapidamente.

            Não tive tempo de pensar o que ela estava fazendo. Puxava meu cabelo com força, enquanto entrava e saia de mim com facilidade, com raiva, cada vez mais rápido, freneticamente. Comecei a tremer, gemer, não conseguia me controlar, eu estava sensível demais ao toque.

- Aquelas palavras doces, achou que eu acreditaria? Idiota! Eu não sou capaz de amar! – gritou ao mesmo tempo em que colocou toda sua força em mim.

            Meu cérebro não processava mais suas palavras. O grito irrompeu da minha garganta, juntamente com o dela, mas de dentro de mim escorria aquele líquido pelas minhas pernas e pela mão dela. Meu corpo chacoalhava-se inteiro em espasmos, enquanto meu coração queria sair pela boca.

            Eu estava quase caindo. Fechei os olhos por um momento, tentando me recuperar, enquanto Sally, do mesmo jeito que me pegara, me soltara. Afastou-se e disse numa voz estridente:

- Vire-se! Acabou, pode ir embora! Já teve o que tanto queria! – tinha os olhos cheios de raiva.

- Você não sabe de nada! Não era só isso o que eu queria, e você sabe disso! – disse de volta.

- Ah não? E o que mais? Amor? – soltou uma gargalhada.

            Sorri. Livrei-me das calças que ainda estavam em meus pés e andei até ela. Segurei em seu braço com força e a joguei em cima da cama. Sentei em cima dela, segurando seus braços a cima da cabeça.

- Me solta!

- Não! Eu não acabei! – deitei-me em cima dela, beijando-a, mordendo seus lábios.

            Mordi seus ombros, arranhei seu corpo, enquanto ela gemia de dor e de prazer. Deixou que minhas mãos fossem tirando sua roupa e passeando pelo seu corpo. Desci minha mão entre suas pernas, seu sexo estava encharcado.

            Comecei a friccionar seu clitóris, fazendo movimentos circulares. Depois aumentei a velocidade, entrando e saindo dela. Ela colocou a cabeça para trás, gemendo mais alto, enquanto eu beijava e mordiscava seu pescoço.

- Você nunca teve tanto prazer quanto eu lhe proporcionei... – sussurrei, aumentando a velocidade. Seu corpo começou a tremer ainda mais.

- Você sabe que isso nunca será somente sexo... E se isso não basta para você... – coloquei toda a minha força dentro dela.

            Ela começou a tremer, totalmente sensível, não demoraria a gozar. Quando senti que estava na hora, sussurrei em seu ouvido ao mesmo tempo em que retirava meus dedos de dentro dela:

- Eu amo você.

            Rapidamente deslizei meu corpo por sobre o dela, encaixando-me entre suas pernas. Minha boca e língua tomaram o lugar onde meus dedos estavam, e eu comecei a lamber, morder, sugar seu mais íntimo.

            Jogou a cabeça para trás, levantando as pernas, dobrando os joelhos, enquanto segurava meus cabelos com força. Tremeu e gritou, derramando todo o seu líquido em minha boca. Seu corpo amoleceu e eu lambi toda a região, depois beijei o interior de suas coxas.

            Escalei seu corpo até voltar a olhá-la nos olhos. Aquelas íris azuis estavam marejadas, ela mordia o lábio, como se ainda teimasse em negar o que era tão claro. Ela virou a cabeça para o lado e eu descansei meu corpo em cima do dela, colocando minha cabeça em seu pescoço.

            Deixei-me ficar ali, quieta, ouvindo a batida de seu coração voltar ao normal. Lentamente os dedos da mão esquerda dela procuraram os meus, entrelaçando-se neles. Então, deixei-me chorar, junto com ela, molhando-a com as minhas lágrimas, enquanto o coração batia apertado.

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