Garota Jolie - Cap 20


Rufem os tambores....
Garota Jolie está de volta! 
Aproveitem a leitura, e comentem, pra eu saber o que estão achando!
Beijos e boa leitura ;)


Capítulo 20

            Eu entrei por uma porta, mas minha vontade era dar meia volta e fugir dali! Bela guerreira, né? Coragem passou longe, mas com a cara que o marido da Priscila estava, duvido que alguém ficasse por ali!

- Ora ora, quem resolveu aparecer por aqui? – a voz dele era irônica.

- Digo-lhe o mesmo – sorri amarelo, mas minha vontade mesmo ainda era correr.

- Acho que ainda não entendeu o recado de ficar longe da Priscila... – ele levantou uma sobrancelha e cruzou os braços no peito.

- Por acaso ela está aqui do meu lado? Só se ela for invisível... – comecei a beijar o ar, só de sacanagem.

- Sua descarada filha da mãe! – ele avançou para mim, mas Rogério vinha vindo e quando o viu, entrou na frente, segurando-o.

- Sem brigas na minha loja!

            Eu já tinha dado dois passos pra trás, calculando quantos mais eu precisaria dar pra estar fora da loja. O Lucas começou a me xingar, fazendo força pra tentar se soltar e partir para cima de mim, mas o Rogério continuo segurando-o.

- Ela tá dormindo com a minha mulher! – ele gritou, as veias saltando no pescoço.

- Não me interessa, sem brigas aqui! E se insistir, eu chamo a polícia! – ele gritou, empurrando Lucas pra fora da loja, que ainda gritou pra mim:

- Fique longe da Priscila, ou vai sofrer as consequências!

            Rogério o colocou porta a fora, e demorou a voltar, enquanto acalmava o homem. Lili veio correndo ao meu lado, saber se eu estava bem. Duas caras filha da mãe! Olhei-a diretamente nos olhos e falei:

- O que ele estava fazendo aqui?

- E eu é que sei? – olhou-me surpresa.

- Você tinha combinado comigo ontem, e aí ele aparece por aqui... – levantei os braços.

- Acha que eu que o chamei? Você ta louca, guria? – colocou as mãos na cintura, bufando, revirando os olhos. Até que ficava bonitinha brava... Que foi?

- Vai saber... – revirei os olhos.

- Olha, eu juro que não tenho nada a ver com isso. Ele veio aqui conversar com o Rogério. Tinha acabado de perguntar por ele, quando você chegou – suspirou, e então voltou a me olhar de forma suspeita. – Você não aceitou meu conselho, né? – cruzou os braços.

- É... Então, sobre isso... – comecei a rir, e ela me olhou brava. Por que raios todo mundo fica bravo comigo? Eu lá tenho culpa de por quem me apaixono?

- Sara, Sara... Esse assunto é sério, as coisas só vão piorar – Lili me advertiu mais uma vez.

- Mas eu a amo, Lili. E outra, ela não pode ficar nas mãos de um sujeito violento como ele – retruquei.

            Ela passou para o lado de dentro do balcão novamente, e eu a segui, debruçando-me no balcão. Pra mudar de assunto, perguntei se eu ainda poderia ter aquele emprego. Ela disse que sim, mas que eu teria que falar com o Rogério e passar um dia lá, como um teste, pra saber se dava conta. Concordei. Logo Rogério voltou, passando pela porta. Olhou pra mim divertido, dizendo:

- Você tem sorte, hein garota?

- Ele que ia sair machucado de qualquer maneira... – dei de ombros, e ele riu mais ainda.

- Começa amanhã, a partir das duas horas. Vamos ver se aguenta... – piscou pra mim e saiu.

            Voltei pra casa, ainda pensando no que tinha acontecido. Eu não podia deixar que ela continuasse com um cara violento como ele, simplesmente não podia. E outro, eu a amava. Não iria deixá-la tão simples assim. Lembrei-me que logo teríamos o concurso de música, então precisávamos ensaiar e tals. Já era de tarde, peguei meu celular e digitei uma mensagem.

“E aí Priscila, vai participar do concurso de bandas? Qualquer coisa me procura amanhã na facul. Beijos Mel.”

            Se ela fosse esperta o suficiente, teria apagado meu número. Esperei pelo pior, e então meu celular apitou. Olhei no visor, mensagem recebida. Abriu e li a mensagem:

“Já que vale nota, conta comigo. Mal posso esperar amanhã. Beijos, GJ.”

            Comecei a rir feito criança, ela tinha entendido meu sinal! Fiquei com um sorriso bobo no rosto o resto do dia. Eu precisava conversar com ela, e arrumar alguma maneira de lidar com o marido dela. Mas por enquanto, iria fingir que não estava falando com ela, só para despistá-lo. É o que vemos nos filmes, certo? Mas se ia funcionar? Aí já era outra história.

            No outro dia na faculdade fiquei esperando por ela na porta da minha sala. Quando a vi, um sorriso se iluminou em meu rosto! Ela sorriu pra mim, aproximando-se. Beijou-me o rosto, sussurrando:

- Eu sinto tanto sua falta...

- Eu também, minha linda. Banheiro, dez minutos – ri, abraçando-a mais uma vez.

            Ela me mandou um beijo no ar e entrou para dentro da sua sala. Eu tinha um largo sorriso no rosto ao entrar na sala, e todo mundo percebeu. Camila balançou a cabeça, rindo de mim, dizendo:

- Você não se emenda, né menina?

- Você me prometeu sua casa... – pisquei pra ela.

- Por que fui me enfiar nessa? – olhou pra cima, levantando as mãos. Dei um tapa em seu braço e caímos na risada.

            Dez minutos depois, Priscila me puxou para dentro de um reservado vazio. Tinha urgência naquelas íris. Beijou meus lábios apaixonadamente, mordendo-os. Sussurrou contra minha boca:

- Eu não posso perder você, foi a melhor coisa que me aconteceu... – senti lágrimas salgadas descendo dos seus olhos.

- Você nunca vai me perder, minha linda. Estou aqui, e sempre estarei – sorri, beijando-lhe as bochechas.

- Eu soube... Do Lucas... – sua voz tremeu. Gente, quanto medo numa voz tão doce!
- É, eu sei. Se o Rogério não tivesse chegado a tempo... – fechei a cara tentando ficar brava, coloquei meus punhos pra cima, entrando em uma posição de briga, e continuei:

- Eu tinha saído correndo feito louca, pernas pra que te quero!!!!

            Ela ria e ria, eu não a tinha visto rir tão bonito há algum tempo. Sorri, ela ficava mais linda ainda quando ria. Os cabelos castanhos caiam-lhe pelos ombros, ela usava uma blusa preta e uma calça jeans justa. Deu um soquinho no meu braço, beijou-me novamente, e disse:

- Isso é uma das coisas que eu amo em você – riu novamente.

- Que bom, tem algo que você ama em mim! Sou a criatura mais feliz da face da Terra! – comecei a dar pulinhos, e ela continuou rindo como criança.

- Tem alguém aí? – uma voz perguntou por ali perto.

            Ela calou minha boca com a dela, beijando-me intensamente, e então murmurou um “Está ocupado” e então caímos num silêncio, esperando que a pessoa fosse embora. O que ela logo fez.

- Nós vamos dar um jeito. Prometo. – abracei-a forte.

            Saímos do banheiro e fomos respectivamente cada uma pra sua classe. Passei o resto da manhã pensando no que eu faria. Esse festival de música tinha caído em ótima hora, e era bom que o Lucas passasse mesmo na loja novamente, enquanto eu estivesse lá. Colocaria meu plano em prática, para que ele pudesse viajar sossegado na semana seguinte... Isso se eu fosse uma boa mentirosa, o que eu duvidava...

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