A calmaria em que meu corpo se molda,
Mal esconde o caos trancafiado aqui dentro.
Anseio por libertar essa língua afiada em veneno,
Destilando dores e se afogando em sabores,
Como eu outrora costumava fazer.
Se eu pudesse cantarolar minha dor,
Transformá-la em canção-torpor...
Mas da minha garganta só sai um riso frouxo,
Um grito rouco arranhando o desespero.
Mas caso o fizesse, eu deixaria uma trilha
De respingos de sangue e lágrimas,
Pois não há como controlar o dano colateral.
Iria lhe ferir, doce pássaro, o que eu jurei não fazer.
Desde que aceitei esse caminho, preciso me conter.
Mal nenhum eu hei de fazer, pois só o bem-querer.
Então agora, me resposta: O que fazer

Com a tempestade que se acumula em meu ser?

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