Fanfic: Stripped - Parte 06 (Final)

N/A: Então pessoal, chegamos ao capítulo final da história! Mas não fiquem tristes, pois terá sim continuação! Eu já até sei como será, e pretendo não demorar a postar. Essa história ficará fechada como um final de semana, apenas, mas a próxima continuará, dessa vez pelo ponto de vista de Kate. To falando demais, né? Só quero dizer que se preparem, pois a contiação terá mais romance, drama, sexo, comédia, fofura e Kaddison, lógico! Então, boa leitura e aproveitem! 


Parte 06 (final)

             Levantei-me então, pensando na besteira que eu tinha dito. Que bobagem saíra da minha boca! Onde eu estava com a cabeça? Em cima do pescoço é que não era! Eu a conhecia a apenas... Três dias! Como poderia dizer que a amava? Sim, tinha uma forte atração, simpatia... Mas daí a ser amor... Percebia-se que ela claramente ficava desconfortável com o assunto. Andei até a cozinha, atrás dela, sentindo o cheiro maravilhoso de café. Encostei-me ao batente da porta, observando-a andando de um lado para o outro, fazendo café e colocando as coisas pra gente comer na mesa. Ela era linda, e eu estava apaixonada. Senti-me de repente triste, pois naquela noite tudo estaria acabado, gostando eu ou não, querendo eu ou não.

— O que foi? Parece triste... – ela comentou, sentando-se à mesa.

— Nada... – respondi sorrindo, aproximando-me. — Estou pensando em tudo o que aconteceu, e que hoje à noite volto para LA. Não tive nenhuma ligação da Nai, então acho que correu tudo bem por lá... Mas ainda assim continuo...

— Preocupada? – ela perguntou, levantando uma sobrancelha, colocando café pra mim e me entregando a xícara.

— Sim, preocupada. Raramente deixo meu trabalho; era assim em Seattle, e assim continua em LA.

— Sei como é... Eu também sou assim, sempre preocupada com o trabalho. Parece que se eu não estiver ali, cuidando de tudo, sabendo de tudo, as coisas não andam, não acontecem.

— É, e eu nunca fiquei tanto tempo afastada assim, sabe... Três dias parece pouco, mas para quem sempre trabalhou, principalmente dentro de um hospital, é muito.

— E como era com seus namorados? – Kate finalmente perguntou.

— Bem, Derek também é cirurgião, então ele sabe como é. Funcionava bem, por que ele entendia quando eu tinha plantões, levantar de madrugada, a tensão dos casos, pacientes, etc. Com Mark a mesma coisa... A diferença foi com Kevin... Não sei por que não deu certo... Ele era policial, e também tinha seus imprevistos de trabalho. Talvez... Talvez porque ele fosse muito reservado, ou porque se sentia impotente com relação a mim...

— Como assim?

— Ele era do tipo forte e masculino, justo, querendo pagar a conta, sustentar a casa, e ficou bravo quando soube que eu era rica... Aliás, isso foi graças ao meu querido irmão. – eu disse com ironia. — Ele ficou sabendo do caso, e foi falar para o Kevin que eu merecia alguém do meu nível. Fiquei tão brava quando soube! Ele não tinha o direito de interferir em minha vida desse jeito! Desde então, algo mudou, e o nosso relacionamento, meu e do Kevin, ficou abalado... – olhei para ela de repente. — E eu estou falando muito, não é? – fiz uma careta, tomando meu café que já estava quase frio.

— Não me incomodo, gosto de saber sobre você. E bem, entendo a parte reservada... Também sou reservada em relação a minha vida pessoal.

— Entendo... E o cara que você gosta, como é?

— Bem, ele é escritor, na verdade. É separado, duas vezes, tem uma filha adolescente, e é do tipo brincalhão. Ele é adorável, mas se acha bastante, o que me deixou um pouco fechada no início. Alguns dos nossos homicídios foram baseados nos livros dele, e foi aí que cheguei a conhecê-lo. Ficou encantado por mim, e decidiu escrever livros baseados em mim. Por isso, pediu permissão ao prefeito, que é amigo dele, para ficar me seguindo e observando, ou seja, pesquisa.

— Sério? Escreveu livros sobre você?

— Sim. Mas acabou que ele é realmente útil por lá, e nos ajuda bastante nos casos. É engraçado, divertido, bobo e faz com que um peso saia das minhas costas todos os dias. – ela disse, com um sorriso no canto dos lábios. Quando o foco não estava no que acontecia naquele momento, ela parecia mais segura para falar sobre ele. No caso, o cara estava longe, então ela conseguia expressar seus sentimentos mais facilmente.

— Que ótimo! É maravilhoso quando alguém nos faz sentir assim. – sorri também, tristemente.

Em minha cabeça, eu só conseguia pensar que eu nunca poderia dar pra ela tudo o que ele podia. O cara escreveu um livro pra ela! Pelo jeito, era a inspiração para ele. Eu nunca poderia competir com aquilo. Sentir-se especial para alguém dessa forma era único. Ao mesmo tempo, por mais divertida que eu fosse, ou estranha, ou seja, lá o adjetivo que queira usar, eu nunca poderia ser tão leve e descompromissada como ele. Tinha meus dramas pessoais, e os profissionais... Era uma pessoa mais densa do que ele, pelo o que ela me contava, e só traria mais peso para a vida dela.

— Addison? – olhei para ela, ela me encarava preocupada. — Estou te chamando faz um tempo...

— Desculpa! Eu estava... Perdida em pensamentos.

— Percebi... Eu perguntei se gostaria de fazer alguma coisa hoje...? Sair para algum lugar?

— Eu até estava com vontade de sair, mas prefiro ficar aqui... Poderíamos assistir a um filme ou algo assim... Gostaria de passar o resto do meu dia com você. – disse sincera, sorrindo.

— Você é linda, sabia? – ela se aproximou, beijando-me gentilmente nos lábios, com um grande sorriso no rosto.

            Após o café, voltamos para o quarto, e Kate trocou de roupa, colocando um vestido claro, e me emprestando um também. Fomos para a sala, e ela me disse que tinha um filme ótimo que podíamos assistir. Fez um balde de pipoca, e pegou coca na geladeira. Sentamos no sofá, uma ao lado da outra, enquanto assistíamos ao filme e comíamos pipoca. O filme era interessante, e eu estava tão compenetrada, que quase levei um susto ao sentir os cabelos de Kate sobre minhas pernas cruzadas. Ela havia se deitado em meu colo. Desviei o olhar da tela, para o rosto dela, que continuava prestando atenção à televisão. Sorri, afagando seus cabelos, passando os dedos pelos anéis quase que dourados, e voltei a assistir o filme. Era um filme estranho, todo cheio de reviravoltas, e que precisava prestar muita atenção. Quando acabou, eu ainda estava surpresa com o final.

— Uau, muito bom! – comentei.

— Não é? Eu sempre fico elétrica quando o vejo. – ela disse, levantando-se. — Bem... Se estiver no clima... Tenho aqui algumas séries que gosto muito... – ela mordiscou o lábio inferior, incerta.

— Sério? Adoro séries, apesar de não ver sempre.

— Sim! Faço maratonas, mas geralmente é sempre sozinha. Tenho Nebula 9 e Temptation Lane...

— Coloca esse segundo então, vamos ver.

— Yay! – ela sorriu feliz, pegando o Box de série e retirando o primeiro cd.

Comecei a rir do seu jeito doce e meigo. Completamente uma criança, com relação a séries. Ela voltou a se sentar no sofá, mas dessa vez estava mais concentrada no seu seriado favorito, por isso quase não me deu atenção. Achei que era a minha vez de deitar em seu colo, e o fiz. Percebi um mínimo sorriso, enquanto ela mexia em meus cabelos ruivos. Fiquei prestando atenção, e não é que era interessante a série? Assistimos praticamente a primeira temporada inteira naquela tarde, e quando percebemos o domingo já estava indo embora. Levantei-me do sofá, dizendo que infelizmente eu tinha que voltar para o hotel, pegar minhas coisas, e ir para o aeroporto, mas ela me interrompeu, dizendo:

— Eu te levo. – eu protestei, mas ela foi decisiva. — Não é incomodo para mim, vamos!

            Ela se trocou, e reapareceu na sala de jeans e casaco, enquanto eu recolocava minha roupa da noite anterior. Achei graça, que no dia anterior havia sido o contrário, ela tivera que usar o mesmo vestido de sexta-feira no sábado de manhã. Encaminhamo-nos para o carro dela, em silêncio. Era como se não quiséssemos colocar um fim naquela história, como se não quiséssemos que o inevitável acontecesse. Ela dirigiu até o Brooklin, onde eu a convidei para entrar no hotel uma vez mais. Subimos o elevador e entramos no quarto.

— Tomarei um banho rápido, se não se incomodar. – eu disse, encaminhando-me para o banheiro.

— Que horas é seu voo?

— Está marcado para as onze da noite, mas tenho que chegar com uma hora de antecedência no aeroporto. – eu disse alto, já entrando no boxe.

— Então você ainda tem tempo. – quase pulei de susto ouvindo a voz de Kate praticamente atrás de mim.

Virei, dando de frente com ela sorrindo marotamente para mim. Ela tirou as próprias roupas em uma velocidade alucinante, e então já estávamos nos amando uma vez mais, em baixo do chuveiro. Provei de novo cada pedacinho do corpo dela, para não esquecer, marcando-a com meus dentes, minhas unhas... Aquela mulher me tirava o chão... Como isso era possível? Novamente, quase perdi os sentidos, com as costas contra o azulejo frio, e com ela entre minhas pernas, sugando-me completamente. Após o banho, se é que pode ser chamado assim, trocamo-nos e ela sentou-se na cama, enquanto eu arrumava minha mala.

— Você vai voltar?

— Para Nova Iorque? – perguntei, levantando meus olhos para ela.

— Sim...

— Não sei... Acho que sim... O trabalho me consome em LA. Será difícil achar outra folga para vir, mas tentarei. E você sempre será bem vinda para me visitar, eu adoraria. – sorri, finalmente fechando a mala.

— Tentarei ir. – ela disse, levantando-se. — Vamos?

            Fiz check-out no hotel, e dali fomos para o carro dela. Ela dirigiu até o aeroporto, e quando chegamos, ainda tive que esperar um tanto para poder fazer o check in, mas não me importei. Ficamos conversando sobre amenidades, tentando não pensar no que estava acontecendo, praticamente como fizemos o final de semana todo. Depois de um tempo, já estava quase na hora de decolar. Levantamo-nos, e Kate olhou finalmente nos meus olhos. Os verdes dela estavam marejados. Ela me abraçou forte, tentando não chorar. Eu não consegui aguentar, sentindo as lágrimas pedindo pra sair, implorando, mas eu não queria deixar. Antes de nos soltarmos, Kate roubou um selinho rápido dos meus lábios, e eu podia jurar que senti gosto de cereja.

— Não esquece... – ela sussurrou.

— Como eu poderia? – respondi com a voz rouca, segurando o pingente do colar que eu usava.

            Eu sorri, pegando minha bolsa, e atravessei o salão, indo finalmente pegar o avião. Após entregar minha passagem, passando pelo guarda, virei de costas e vi Kate sussurrando-me algo, que não pude entender. Joguei-lhe um beijo, e segui meu caminho, entrando no avião.

            Quando o avião já estava no alto, olhei para a janela, vendo a noite lá fora, pensando em tudo o que me ocorrera naqueles dias. Quão louco tudo aquilo fora! Tecnicamente tive o sossego que desejava, mas nunca imaginei que pudesse pegar aquele turbilhão de emoções em que me encontrava. Conhecer Kate havia sido uma das melhores coisas que já me acontecera em Nova Iorque. O que me entristecia era saber que nada daquilo poderia acontecer de verdade, era como um sonho... Eu não estava com ninguém, mas ela... Ela gostava do colega de trabalho, e pela forma como falara dele... Talvez o certo para ela fosse mesmo ficar por lá, crescer no trabalho, casar, ter filhos... Filhos... Sorri tristemente. Bobagens, bobagens.


            Agora eu sempre me lembraria daquela cidade não como a vergonha de trair meu marido, mas o delicioso prazer de um lugar especial com uma pessoa especial. Sorri, relembrando da nossa primeira noite, e de como tudo fora novo e incrivelmente bom. A música que tocava... Pensando bem na letra... “let me see you stripped down to the bone”... Comecei a rir. Ela realmente havia me visto nua até o osso. Havia me desnudado até a alma, a ponto de eu dizer aquelas três malditas palavrinhas. Não deveria tê-lo feito, mas já que o fiz... Será que seria mesmo verdade? Eu tinha medo de descobrir. Quem sabe, talvez, aquilo faria alguma diferença. Acabei pegando no sono depois de um bom tempo, e só acordei quando finalmente chegamos a LA. Apesar de saber que estava em casa, sentia como se algo faltasse ali, e realmente faltava. 

4 comentários

  1. Que Historia linda Laris, elas realmente se combinam...meus comentários não foram tão grandes assim rsrsrs mas é porque as outras leitoras falaram tudo rsrs Esta com certeza e uma das minhas favoritas, eu digo UMA DAS porque e impossível escolher quais são minhas favoritas, na verdade TODOS os seus romances são meus favoritos, vc é uma escritora fabulosa parabéns por esse talento todo que vc tem...ah ,e eu estou ansioso para ler a continuação , a historia não poderia acabar assim né? bjoss

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  2. se tem face a pagina de vcs me mandem adorrei bjs continuem assim

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    1. Sim sim tem, e criei uma página Kaddison, apesar de não ter muita coisa, mas curti lá, e obrigada :D https://www.facebook.com/kaddisonshipp

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  3. LARIIIIIIIIIIS! mil desculpas pela demora pra comentar aqui, sério...você sabe a correria que tá, eu consegui ler um dia rapidinho, mas ainda não tinha dado tempo de mandar meu comentário feliz e enorme :p kkkkkk. Claro que eu não sou boba nem nada, e aproveitei que vinha aqui comentar, pra poder ler de novo <3 *sim, porque viciadas em Kaddison fazem isso.*...e o que dizer? ahhhhhhhhhhhh capítulo finaaaaaal, não acredito....ficou ótimo, perfeito, TRISTEEEEEE kkkkkk, e ainda bem que a senhorita já avisou logo que teria continuação, porque se não tenho certeza que teria uma fila de pessoas revoltadas nesse exato momento. Amei Addison preocupada com a "besteira" que ela havia falado, a divagação dela sobre voltar a realidade (experiência própria, é difícil demaissss kkkkk). E ok, me tornando repetitiva, mas sua escrita é ótima, sua Addison ainda mais e a Kate eu AMEEEI, e me convenceu até a voltar a ver Castle, to com maratona marcada pra esse final de semana já,.....e você sabe o que isso significa né? alguém te enchendo :p kkkkkkkk pra escrever mais kaddisoooooooon! hahahaha
    enfim, desculpas de novo pela demora, obrigada por escrever e nunca nunca pare, por favor! se não você terá uma fã revoltada U.U
    beijinhooos!
    <3

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