Fanfic: Stripped - Parte 05

N/A: Finalmente parte 05! Esse capítulo contém cenas de sexo e gelo, então caso não goste, não leia! Espero que gostem, e comentem, por favor! 

Parte 05

               Calei-a com um beijo, puxando-a para mim novamente. Eu podia sentir seu coração batendo na mesma sintonia com o meu, sua respiração entre cortada, seus suspiros... Fazia menos de vinte e quatro horas que eu tinha estado com ela, e precisava mais e mais dos seus beijos, dos seus carinhos, seus gemidos, seu corpo. Andando de costas, puxei-a comigo até o sofá, sentando-me, fazendo com ela sentasse no meu colo. Abracei-a, ainda dando beijos em seus lábios, mordiscando seu queixo, lambendo seu pescoço. Eu precisava daquele corpo. De repente, ela parou de me acariciar e se afastou um pouco, olhando para mim.

— Sabe, Addie, você foi uma garota muito má hoje à noite... – ela deu um sorriso malicioso, levantando uma sobrancelha.

— Eu? Mas o que eu fiz de errado? – olhei-a sem entender nada.

— Sabe, eu ainda não acredito em você... Se realmente me quer... Vou ter que te punir, sabia disso? – ela mordiscou o lábio inferior.

— Vai me algemar na cama? Me bater com um chicote? – zombei, rindo.

— Oh não... Por enquanto não... – ela se levantou do meu colo, enquanto eu protestava, mas continuou dizendo. — Tenho métodos melhores de tortura... – ela sorriu, andando até a geladeira.

— O que você vai fazer? – perguntei confusa.

— Eu disse que tenho meus... Truques... – eu devo ter feito uma cara muito esquisita, porque ela começou a rir pra valer, enquanto abria a porta do freezer e retirava uma forma de gelo de lá.

— Espere... Você vai... – virei o rosto de lado, sorrindo marotamente.

— Tire a roupa. – ela ordenou. Ordenou? De novo isso?

— Por que usa esse tom? – eu nunca gostei que me dessem ordens.

— Se não tirar a roupa, não ganha truque e ainda vai dormir lá fora. – ela disse séria.

— Mas...

— Tire a roupa. – o tom dela mostrava que não estava brincando.

            Suspirei, retirando meus saltos, minha calça jeans, e a blusa vermelha. Fiquei somente de lingerie e meus colares. Olhei para ela, com cara de “feliz agora?” e ela sorriu. Passou a forma de gelo na água, retirou os cubos colocando-os dentro de um pote, e então voltou se aproximando de mim. Lentamente tirou os saltos, a calça social e então a blusa azul.

— Não quero molhar toda a roupa. – comentou, colocando tudo de lado, enquanto se ajoelhava a minha frente.

            Vou confessar que no momento eu estava meio incrédula sobre o que ela iria fazer exatamente. Qual era o seu grande truque com aqueles cubos de gelo, qual era de retirar toda a roupa para fazê-lo, e se iria realmente ser tão impressionante assim. Ela pareceu adivinhar o que eu estava pensando, pois sorriu, dizendo:

— As regras são as seguintes: você não pode me tocar, ouviu bem? Também não pode tocar o gelo, nem nada. Suas mãos ficam quietinhas no lugar. Se eu mandar você fazer alguma coisa, você faz. – ela me olhava séria, e eu ainda duvidando, concordei.

— Tudo bem.

— Primeiro. Você tem que fazer o gelo derreter um pouco, para ficar menor. – dizendo isso, ela pegou um cubo de gelo e o colocou na boca, entre os lábios.

            Em poucos segundos, ele começou a derreter, e a água começou a escorrer; devagar, apenas uns filetes de água escorrendo, do seu lábio até o queixo, então pelo seu pescoço... Eu ia acompanhando a trilha que a água deixava, sentindo minha boca seca. Comecei a sentir falta de ar, o coração batendo rápido no peito. Voltei a encarar Kate, que agora com a ajuda da língua, rodava o gelo dentro da boca, fazendo com que mais água escorresse pela sua pele. Nada mais se mexia. Seus olhos me encaravam intensamente, escurecidos, enquanto ela assistia a cada sensação que eu deixava transparecer. Comecei a ficar incomodada, aflita, querendo secar aquelas gotas que escorriam por sua pele. Finalmente, ela segurou o gelo na mão, bem menor agora, e lambeu os próprios lábios vagarosamente.

— Está tudo bem? – ela perguntou zombeteira.

— T-tudo... – foi só o que eu consegui dizer, em uma voz rouca e baixa.

— Agora, é só fazê-lo escorregar pelo corpo, dessa forma... – ela se levantou, dando a volta no sofá onde eu estava sentada. Tentei protestar, mas ela não deixou. — Shhh, eu disse que você tinha ficar quieta no lugar. – calei-me, esperando apenas.

            Senti o gelo sendo colocado em meu pescoço, e me arrepiei com a sensação gelada. Meu corpo todo reagiu ao ato, enquanto ela escorregava o gelo até o meu ombro. Então, sentia ela bem próxima a mim, sua respiração arrepiando os pelos do meu corpo; sua língua encostou-se ao meu pescoço, e viajou pela trilha úmida que o gelo havia deixado. O contraste do frio e do quente fez com que eu quase perdesse a cabeça. Respirei ofegante, fechando os olhos com força, engolindo em seco, tentando manter-me focada. Ela colocou minha cabeça para o outro lado levemente, fazendo o mesmo movimento do lado esquerdo. O gelo escorregou do pescoço até o ombro, depois lambeu a trilha de água que escorria. Involuntariamente, um gemido escapou de meus lábios.

— Incline-se para frente. – ouvi sua voz firme.

            Fiz o que ela pediu, inclinando-me, apoiando-me nos cotovelos, e senti o gelo escorregando pelas minhas costas. Sentia as gotas escorrerem, e então sua boca quente encostando, lambendo, chupando. Percebi que ela parou de repente, e eu gemi em protesto. Ouvi sua risada gostosa, enquanto ela voltava a se postar a minha frente. Pegou outro cubo de gelo, e dessa vez ficou de pé, enquanto o colocava na boca, segurando-o com os lábios. Daquela posição, eu tinha que olhar para cima, e pode parecer loucura, mas a visão era ainda mais excitante. Sentia meu corpo tremer, clamando por ela. Algumas gotas escorriam pelo seu corpo, deixando uma trilha por toda a sua barriga, e eu queria tocá-la, necessitava disso. Quando estendi a mão, ela se afastou rapidamente, balançando a cabeça negativamente.

— Eu disse sem tocar, Addison. – ela respondeu sorrindo, tirando o gelo da boca. — Encoste-se ao sofá. – eu fiz exatamente o que ela mandou, soltando um suspiro frustrado.

            Ela se aproximou, ajoelhando-se entre minhas pernas, inclinou-se para frente e colocou o gelo entre meus seios. Gemi quando senti o contato, fazendo-a sorrir. Ela deixou que o gelo escorregasse pelo meio do meu corpo, até o meu umbigo. Então, sua língua fez o mesmo trajeto, enquanto eu gemia sem conseguir me controlar. Realmente, era enlouquecedor. Concentrada, deixou que o gelo escorregasse por todo o meu corpo, e quando aquele acabou, ela pegou outro. Dessa vez, inclinada em cima de mim, Com as mãos segurando o encostou do sofá, ela segurou o gelo entre os lábios, fazendo com que os pingos que escorressem caíssem em meu corpo. Eu a olhava, sem poder tocar, sentindo-me zonza de desejo. Eu estava perdendo a cabeça! Não iria aguentar por muito tempo. Percebi, pelo seu olhar, que ela estava satisfeita com o que via.

            Então, voltou a se ajoelhar no chão, entre minhas pernas, e começou a passar o gelo pelas minhas coxas. Eu me segurava no sofá, antes que a tocasse de vez. Fechei os olhos com força, pois se continuasse vendo os seus atos eu iria ficar totalmente insana. De repente, senti algo gelado bem entre minhas pernas, e gemi alto, abrindo os olhos rapidamente, surpresa. Meus olhos foram direto nos de Kate, e eles sorriam, brilhantes. Percebi então que ela escorregava o gelo por cima da minha calcinha vagarosamente. Minha boca se abriu, enquanto eu tentava puxar o ar pra respirar, prevendo qual seria sua próxima ação. O gelo se desfez finalmente. Acompanhei com os olhos, enquanto ela se aproximava, sorrindo, eu podia perceber pelo seu olhar que estava faminta. Senti sua língua encostar-se ao pano totalmente encharcado, e eu não aguentei, arqueei o corpo para trás, gemendo, sentindo meu corpo todo tremer perante o orgasmo que não tardaria a chegar. Eu perdi a noção de tempo em espaço, explodindo em êxtase, falando palavras desconexas e deixando que o nome de Kate escapasse por entre meus lábios. Senti seu corpo grudado no meu, enquanto seus lábios capturavam os meus em um beijo intenso.

— Chega de tortura, eu quero você agora na minha cama. – ela sussurrou contra meus lábios, puxando-me do sofá.

            Minhas pernas estavam bambas ainda, e eu tive dificuldades de permanecer em pé. Ela me ajudou, deixando-me colada a ela, enquanto me conduzia para o seu quarto. Não tive tempo de pensar em nada, apenas na grande cama de lençóis cor de creme. Deitei-me nela, e logo Kate já estava em cima de mim, beijando-me, mordendo-me, chupando-me e tirando meus sentidos. Aquela mulher me enlouquecia, tirava-me a razão, e eu nada podia fazer quanto a isso. Deixei que ela fizesse o que bem quisesse comigo, com meu corpo, com meu coração. Ela parecia insaciável, tocando-me, estimulando-me, e eu quase já não podia aguentar. Novamente cheguei ao clímax, mas dessa vez com seus dedos massageando meu sexo, dentro de mim. Não sei que horas dormimos, mas quando eu estava quase adormecendo, agarrada ao seu corpo, sussurrei, quase dormindo:

— Eu te amo...

            Acordei no domingo de manhã sentindo-me um pouco zonza. Abri os olhos, tentando descobrir onde estava, e então as memórias da noite anterior me atingiram, trazendo um sorriso maroto no meu rosto. Olhei para o lado e vi os dois olhos verdes dela me encarando.

— Bom dia... – sorri. Ela parecia meio séria, e isso me deixou alerta. — O que foi?

— Addison... Nós... Nós temos que conversar... – ela evitou olhar nos meus olhos.

— Pois então diga... O que há de errado?

— Eu... Ahn... Ontem à noite, você...

— O que eu fiz? – eu estava preocupada, várias coisas passando pela minha cabeça.

— Você disse que me amava. – ela me encarou novamente.

— Eu... – engoli em seco. Eu havia mesmo dito aquilo? — Bem, Kate, eu não sei o que dizer... Sei lá, talvez tenha sido o calor do momento...

— Talvez... Eu... Eu não estou pronta para... – ela parecia se enrolar no que queria dizer, estava claramente desconfortável.

— Ok, calma. – pedi, apoiando-me nos cotovelos e olhando para ela. — Você não precisa me dizer nada, e finja que eu não disse nada. Não quero que isso estrague o que aconteceu, tudo bem?

— Okay... – ela parecia mais calma, mas ainda estava estranha.

— Não vamos deixar que isso estrague meu último dia aqui. – sorri, tentando amenizar o clima.

— Vai embora hoje mesmo?

— Vou... Amanhã tenho que voltar ao trabalho. Viajo hoje à noite pra LA, amanheço lá.

— Vem, vamos tomar café... – ela sorriu, dando-me um beijo rápido nos lábios, levantando da cama.

            Levantei-me então, pensando na besteira que eu tinha dito. Que bobagem saíra da minha boca! Onde eu estava com a cabeça? Em cima do pescoço é que não era! Eu a conhecia a apenas... Três dias! Como poderia dizer que a amava? Sim, tinha uma forte atração, simpatia... Mas daí a ser amor... Percebia-se que ela claramente ficava desconfortável com o assunto. Andei até a cozinha, atrás dela, sentindo o cheiro maravilhoso de café. Encostei-me ao batente da porta, observando-a andando de um lado para o outro, fazendo café e colocando as coisas pra gente comer na mesa. Ela era linda, e eu estava apaixonada. Senti-me de repente triste, pois naquela noite tudo estaria acabado, gostando eu ou não, querendo eu ou não.