Querida São Paulo



Minha querida e grande São Paulo,
Hoje, talvez pela primeira vez,
Vi com olhos tristes sua realidade cinza,
Mas ainda nem tão nua e crua assim.

Pela janela embaçada do ônibus,
Tive medo ao encarar suas ruas,
Tão escuras e misteriosas,
Com receio do que elas escondem.

Indaguei-me o porquê dessa visão,
E logo a resposta atingiu-me como um raio.
Eu achava que havia rompido uma amizade.
E, por essa razão, tudo se desencantou.

Será que eu sempre lhe via tão deturpada assim?
Meu amor por você sempre fora uma mentira?
Talvez sim… Amo-lhe por razões diversas,
Guardas amigas e amores de variadas cores.

Por isso sempre fora um arco-íris de vontades,
Desejos e felicidades que eu tão bem guardei.
Será que eu seria feliz se fizesse morada em ti?
Ou finalmente eu iria render-me aos fantasmas?

Acho que nunca saberei a resposta verdadeira,
E para os meus caminhos Deus tem as rédeas.
Apenas saiba, minha querida e colorida São Paulo,
Que meu amor por ti é como os amantes: eterno.

2 comentários

  1. Lindo! Uma poesia cheia de sentimentos e verdades! Realmente muito bom, parabéns Laris! (ps: terceira vez que tento mandar comentário que não está indo :'(, se for repetido não se assuste kkkkkk)

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    1. Obrigadaa, mesmo! Fico feliz que tenha gostado! :D (hahaha sem problemas, veio só esse comentário mesmo!)

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