Never Too Late: Cap 07


                                             
Never Too Late - Capítulo 07
Já era noite lá fora. Emma deveria terminar o trabalho naquele momento. Ela parou de limpar o balcão e pegou sua jaqueta, quando o telefone tocou. Mr. Gol atendeu ao telefone com uma expressão preocupada. Ela esperou para ver se ele ainda precisava dela na loja. Quando ele desligou, ela perguntou:
- O que há de errado?
- Oh, pobre Regina. Henry está com uma febre muito alta e Regina o levou para o hospital. Ela me pediu para cancelar alguns dos seus compromissos e reuniões de amanhã – ele tinha um olhar preocupado.

- No hospital? Eu preciso ir pra lá! Preciso saber se ele está bem – ela rapidamente pegou suas coisas.
- Regina pode não gostar de vê-la por lá... – ele lembrou.
- Que se dane! Eu não me importo. Ele é meu filho também – ela olhou dentro dos olhos dele, desafiadoramente. E então sem dizer nada, saiu da loja.
            Sozinho novamente, ele sorriu. Regina não fizera nenhuma ligação.
            Emma entrou no carro amarelo e ele não funcionou de primeira. Cansada e frustrada, ela xingou, tentando novamente. E então o motor começou a funcionar. Dirigiu por um tempo até ela ver o prédio branco do Hospital de Storybrooke. Ela sabia que Henry era um garoto forte, então era estranho que ele estava tão doente assim a ponto de ser levado para o hospital.
            Ela correu até o balcão, onde uma jovem enfermeira tomava algumas notas e usava um computador.
- Eu preciso ver o filho da prefeita, Henry – ela disse rapidamente.
- Desculpe, mas eu não posso lhe dar essa informação. Você tem algum grau de parentesco com ele? – a enfermeira perguntou calmamente.
- Eu sou a mãe dele – e com o olhar confuso no rosto da enfermeira, Emma completou. – Quero dizer, a mãe biológica dele.
            A enfermeira olhou para os papeis que tinha em mãos, e então voltou a olhar Emma, ainda ponderando se ela deveria ou não deixar a estranha entrar no quarto, mas antes que ela pudesse dizer alguma coisa, elas ouviram uma voz baixa e potente no corredor.
- Que diabos você está fazendo aqui?
            Emma se virou, vendo uma furiosa Regina andando até ela. Ela decidiu enfrentar a prefeita.
- Eu fiquei sabendo que o Henry está aqui, e eu quero vê-lo.
- Você esteve longe dele à vida inteira. Por que você se importa agora? Além disso, você não é a mãe dele. Eu sou! – ela estava a centímetros de Emma agora.
            A loira olhou fixamente naqueles olhos escuros. Ela podia ver que havia alguma lá, algo a mais do que ódio ou raiva. Emma ainda tinha seu superpoder, como dissera a Henry.
- Você é a mãe dele, mas ele nasceu de mim. Apesar de todos esses anos, eu o amo. E agora que eu o conheço, preciso saber que está tudo bem – havia sinceridade em suas palavras.
            Regina não respondeu por um tempo. Estudou a loira, olhando profundamente nos olhos verdes, tentando entender o porquê ela ainda estava ali. Bem, por quê? Porque Regina estava com inveja. Inveja daquele amor que ela achou que não poderia sentir, ou ao menos, que nunca ninguém poderia sentir por ela. Emma estava certa. Ninguém nunca poderia amá-la, nem mesmo o seu filho.
- Não acha que já arruinou vidas o suficiente? – ela perguntou com a voz fria novamente.
- Senhoras, por favor! – disse o médico, que se aproximava.
            Elas o olharam, desculpando-se com o olhar.
- Não discutam aqui, é um hospital. E eu estou certo que o Henry não quer ver suas duas mães brigando – o médico continuou, censurando-as com o olhar.
            Regina o olhou com um aviso nos olhos, mas ele só balançou a cabeça. É claro que ele tinha medo das ameaças dela, mas ele ainda estava certo em seus conselhos. Ela fechou os olhos por um minuto.
- Saia da minha frente – ela abriu os olhos novamente, somente para encontrar a determinação nas íris verdes.
- Não. Eu vou ficar – Emma não se arrependeu de nenhuma palavra.
- Certo – Regina disse ainda muito brava. Ela girou em seus calcanhares voltando para o quarto de Henry.
            Emma sentou-se em uma cadeira na sala de espera e respirou profundamente. Ela estava muito preocupada com Henry, e com Regina também. Ela podia ver algo como tristeza naqueles olhos escuros. Ela viu arrependimento. Por algo que ela nunca poderia entender. Passou os longos dedos pelas mechas loiras e curvas dos seus cabelos. Ela só podia esperar agora.
            Enquanto isso, dentro do quarto de Henry, Regina falava com o médico.
- Então, como ele está? – tentava parecer calma.
- Nós o medicamos e eu o examinei. Ele está estável agora e a febre está abaixando.
- Isso é bom. O que ele tinha?
- Algo como uma infecção. Ele provavelmente comeu algo que não fez bem para o seu estômago – doutor apontou olhando para o arquivo do paciente.
- Obrigada. Quando eu poderei levá-lo para casa?
- Vamos esperar algumas horas e ver se ele melhora. Ele está dormindo agora. Então, se a febre não subir de novo, nós poderemos liberá-lo.
- Obrigada – ela respondeu enquanto o médico desaparecia no corredor.
            Regina aproximou-se de Henry, colocando sua mão na testa dele. Ela sorriu, enquanto beijava a sua bochecha. Ela sabia que ele a odiava, mas ela ainda o amava e sempre amaria. Ela não podia evitar em ser tão cuidadosa com seu filho. Esperava que ele fosse mais amável e legal com ela, pelo menos uma vez. Ela não era tão má quanto ele achava. E a coisa mais importante: ela o amava assim como amara o pai, ou até mais. Não importava que ele pensasse o contrário.
            Ela saiu do quarto, aproximando-se da sala de espera. Viu Emma pela janela.  A loira estava encurvada, escondendo o rosto nas mãos, quase tocando seus joelhos. Por um momento, um pequeno momento, Regina arrependeu-se de todas as coisas ruins que ela já fez. Ela olhou para aquela mulher forte e desejou que pudesse estar com ela. Por um momento, ela pensou que pudesse ter o seu final feliz.
            Quando ela estava de volta ao quarto, Henry acordou. Ele sorriu quando viu a sua mãe.
- Querido, como você está se sentindo? – ela sorriu, aproximando-se.
- Estou bem – ele sorriu de volta. – Onde está Emma?
            O sorriso no rosto dela desapareceu.
- Ela está aqui no hospital.
- Por favor mãe, me deixe vê-la.
            Ela não poderia negar esse desejo a ele. Além do que, ela não o queria saindo escondido de casa no frio só para encontrar Emma, então ela apenas concordou e saiu do quarto.
- Você pode ir vê-lo.
            Emma levantou sua cabeça com um brilho em seus olhos.
- Obrigada – ela sorriu incerta sobre por que Regina estava sendo tão gentil.
            Levantou-se e passou por Regina, entrando no quarto.
- Hey – ela sorriu quando viu Henry.
- Emma! Obrigado por ficar – ele tinha os mesmos olhos brilhantes.
- Eu sempre estarei aqui por você – ela respondeu, segurando sua mão pequenina.
            Regina assistiu tudo da porta. Uma parte dela se sentia com inveja de tanto amor entre eles, mas outra parte derretia seu coração aos poucos. Ela não era tão fria como todo mundo pensava. Pensando qual a vantagem ela podia tirar daquilo, as palavras simplesmente escorregaram dos seus lábios.
- Gostaria de jantar conosco?
            Emma pareceu surpresa com a oferta, e ainda estava muito cuidadosa ao perguntar:
- Por que você está convidando?
- Você parece muito preocupada com o Henry, e pelo que parece, ele quer ficar um pouco com você. Eu não o quero saindo escondido para lhe ver, e acabar ficando com um resfriado.
            Emma pareceu aceitar a resposta, então ela apenas concordou.
- É claro que eu quero – ela sorriu virando-se para ver Henry sorrindo feliz.

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