The saddest part...


Já faz alguns dias que a felicidade fez morada em meu coração. Finalmente alguns sonhos os quais eu tanto desejara estão para acontecer. Tudo aquilo que eu sempre quis acontecendo bem em frente aos meus olhos, ou quase. O riso chega de repente, e às vezes nem sei porque estou sorrindo. É só uma sensação boa. Sensação de liberdade, de finalmente estar onde eu sei que sempre deveria estar. Tudo ficará mais perto. Mas então, essa brisa de tristeza me envolve. Eu estou feliz, as coisas estão acontecendo, estão dando certo... Mas só pra mim. Estou dando esses passos sozinha, mas não me sinto sozinha. Ultimamente me sinto apenas feliz. Cheia de coragem para essa nova etapa da minha vida. Eu em sinto viva. Mas olho ao meu lado e você não está lá. Confidencia-me como a vida tem passado diante dos seus olhos, e como você está completamente perdida. Não sabe o que fazer, o que decidir... Tanto faz a vida, a morte... O nada. O vazio. Conformada com esse marasmo, e que apesar do desespero, a certeza de que isso não irá mudar. E eu tento... Eu tento tanto fazer com que você enxergue que pode mudar! Mas você tem que decidir... O trabalho é duro, é árduo. Pediu-me para ser tolerante, pediu-me para mudar... E diariamente eu tenho feito isso, apesar das crises e brigas. Não é fácil. Você deveria fazer sua parte. E isso não é uma crítica... Não é para fazer cara feia.
Eu sei que não posso tomar suas decisões por você, só observar e torcer para que faça as escolhas certas, mas isso dói, machuca. Especialmente quando és uma parte tão importante pra mm. Eu quero te ver feliz, aproveitando a vida que você nunca pôde, conquistando cada vez mais coisas e se tornando essa pessoa incrível que eu sei que você é. Eu sempre lhe digo que o mundo é cheio de possibilidades, e nunca é tarde para se descobrir. E acredite, quando me diz que tem dias que não importa se estaria viva ou morta, meu coração se apaga aos pouquinhos. Uma sensação de impotência gigantesca que se apodera de mim. Eu sei que não depende de mim, que nada posso fazer, e muito menos chamar essa responsabilidade pra mim. Mas mais do que nunca eu gostaria que funcionasse pra você. Que o sol que nasce em minhas manhãs e me traga alegria seja o mesmo que o seu. Que o mar que me banhe e cure as feridas faça o mesmo com você. Que você possa cheirar o mesmo perfume das flores que eu sinto. E quando parece que tudo está indo bem, que você está bem... É só uma aparência. Está numa dormencia eterna, um tanto faz, um pouco me importa, um tô nem aí. Como se todo o trabalho que tivemos e fizemos com tanto afinco não houvesse adiantado. E que toda essa minha vontade de te ver feliz jamais possa ser realizado. É triste, e me deixa triste. Triste porque tem tanta coisa boa acontecendo comigo, mas você não partilha delas... Claro, fica feliz por mim... Mas você não está feliz. É como se me assistisse com um sorriso tristonho, a lágrima escorrendo pelo canto do olho, e a certeza de que essa sensação nunca passará. Eu realmente não sei o que você precisa passar nessa vida, e eu já não posso mais ser multitarefas. Fico esperando, como mãe orgulhosa e apreensiva, que você tenha aprendido alguma coisa e que consiga sozinha sair disso, que me mostre que esteve ouvindo e aprendendo e que tem a vontade aí dentro de mudar e de viver. Você tem que querer viver! Espero ansiosa que você tome uma decisão. Mas enquanto isso não acontece, hoje essa tristeza permanece. Tenho ouvido muito Anastacia, e em uma de suas músicas, há uma frase que me faz pensar em você. Apesar da parte romântica, que não há entre nós... Encaixa-se perfeitamente.

"And I already gave you my heart, but you're still so empty, and that it's the saddest part"

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