O Presente
Shipper:
Rizzles
Tv Show: Rizzoli & Isles
Jane
procurava o presente perfeito. Precisava ser algo diferente e interessante,
considerando a pessoa para quem ia o presente. Aproveitou uma folga mínima e
estacionou o carro em frente a uma joalheria. Desceu do carro, mancando, e
começou a olhar as jóias na vitrine. Logo após ver o preço, desistiu. Eram mais
caras do que ela poderia comprar, e, além disso, a outra já deveria ter milhões
de jóias. Não, seu presente deveria ser algo diferente daquilo. Voltou para o
carro, e seu celular tocou.
Ela
dirigiu até o local do assassinato, e não se surpreendeu em ver Maura ali. Já
se acostumara a ver a amiga em trajes chiques e salto alto ao trabalhar, mas
ela parecia mais elegante naquele dia. E o sorriso no rosto da loira não passou
despercebido.
- Estamos mais
chiques hoje, huh? – ela disse com um traço de sarcasmo na voz.
- Estamos? – Maura tinha um olhar
confuso. – Tecnicamente, analisando seus trajes, posso presumir que você está
usando a mesma roupa de trabalho que sempre usa, ao contrário das minhas.
- Really? – Jane fez uma careta
levantando uma sobrancelha e logo a face de Maura mostrou-se surpresa.
- Oh! Ironia, sarcasmo... Ok. Na
verdade, eu só... Estava no meio de um encontro.
Jane
sorriu, mas na verdade ficou imaginando quem seria o sortudo. Maura não
mencionara ninguém depois do doutor lá da África, será que estava levando esse
encontro a sério? Sinceramente, esperava que não. Agachou-se perto do corpo,
enquanto Maura fazia uma prévia sobre o que tinha acontecido.
- Ele levou dois tiros na nuca, e um em
uma das vértebras, nas costas. Ferimentos nas mãos e nos dedos, indicando que
lutou antes de morrer. Foi uma morte rápida, quem matou, sabia o que estava
fazendo.
- Bom começo. Alguma bolsa ou carteira,
para que possamos saber quem é? – a detetive perguntou.
- Por enquanto, nada. – respondeu Frost.
- Posso tentar uma identificação, mas só
em meu laboratório. – concluiu Maura, levantando-se.
- E o seu encontro? – quis saber Jane.
- Nada de importante. – sorriu.
A
detetive sondou os olhos da médica, tentando encontrar vestígio de paixão ou
algum sentimento que fosse importante. Não encontrou nenhum, e sentiu-se
aliviada.
- Tem alguma coisa errada? – perguntou a
loira, preocupada.
- Oh, nada demais. Apenas essa dor na minha
perna que está me matando. – ela fez uma careta de dor. – Vamos.
Entraram
no carro e Jane foi até o laboratório da médica legista. Rizzoli sentou-se
impaciente em uma cadeira desconfortável, enquanto observava Maura fazer o seu
trabalho. Achava praticamente impossível que um ser humano pudesse ter tanta
beleza quanto Maura; seus cabelos impecavelmente penteados e arrumados, o
vestido, o salto alto, a maquiagem... A imaginação de Jane ia muito além do que
uma amizade permitia.
- O que você tem hoje? Está estranha. Tem
certeza que é só dor na perna? Isso deve ser sério.
- O que está fazendo? Eu estou bem! –
mas a loira já se aproximara, deixando seu trabalho por um segundo.
- Fique quieta! Parece uma criança! –
ela deu um sorriso que derreteu a detetive, fazendo-a parar de se mexer. –
Levanta.
Jane
levantou-se, olhando para cima e ainda reclamando:
- Maura, sério, não é nada demais, eu
só... AI! – gritou, olhando imediatamente para o que a outra fazia.
- Pronto! Era só um nervo fora do lugar.
– a loira sorriu com simplicidade, ainda massageando a coxa da amiga.
- E você diz isso como se fosse a coisa
mais fácil do mundo? Estava doendo, viu? – Jane fez uma careta novamente,
franzindo o nariz, fazendo a outra rir.
- Você é uma bebezona, Jane! – sem perceber,
ela continuava a massagear.
- Eu já estou bem... – a detetive
levantou uma sobrancelha, olhando para a própria perna. A médica retirou as
mãos, um pouco envergonhada.
- Eu só queria ter certeza. – ela riu
rapidamente, virando-se para voltar ao trabalho. A detetive voltou a se sentar,
agora displicente, já que a perna não doía mais.
- Hey, me responde uma coisa: se você
fosse entregar um presente diferente para alguém, o que você daria? – sondou
Jane.
- Bem, depende de para quem é o presente.
– ela deu de ombros, pegando um bisturi.
- Ahn, digamos... Se você tivesse uma
namorada, o que daria? – ela fez a pergunta cuidadosamente, receosa com a
resposta.
- Ainda depende da própria pessoa em si.
Podem-se considerar chocolates e flores, que toda mulher gosta; mas pode-se
pensar em algo útil se for uma pessoa prática. – e logo após responder, se deu
conta do teor diferente da pergunta.
- Jane, porque quer saber? Por acaso
você realmente tem uma namorada? – a
médica perguntou com um sorriso curioso no rosto.
- Quem, eu? Não, claro que não! – a
detetive apressou-se em responder – É que estou ajudando um amigo meu. Ele tem
uma namorada, vai ser aniversário dela e ele não sabe o que dar de diferente e
inusitado.
- Hum... – ela continuou sorrindo,
imaginando que amigo imaginário seria esse. Não conseguiu discernir se estava
feliz pela amiga, ou desapontada, pelo fato de Jane não estar mais solteira.
- Se fosse você, o que gostaria de
receber? – continuou Jane, crente que Maura não desconfiava de nada. A outra
pensou por um momento, dizendo:
- Já que ele hipoteticamente – Jane
estranhou o hipoteticamente, mas não disse nada – quer dar-lhe algo diferente,
eu escolheria uma pole dance.
Agora
Jane estava de queixo caído. Realmente, Maura era uma caixinha de surpresas!
Abriu a boca várias vezes, sem saber o que responder. Seria difícil realizar
aquele desejo, pois era algo muito íntimo e um pouco complicado de fazer, mas
se era o que Maura queria...
Estava
tão pensativa e intrigada com o novo desafio, que nem reparou que seria no
mínimo estranho um homem dançando pole dance, nada contra, mas que era
realmente inusitado, ah isso era. Ela continuou conversando e depois de um
tempo, pegou as evidências e informações que Maura conseguira e levou para a
delegacia.
- O que houve, Jane? Está aérea hoje. –
perguntou Korsak, aproximando-se da mesa dela.
- Que saco, porque todo mundo tirou o
dia para me irritar? – explodiu ela, colocando as mãos nos cabelos negros e
ondulados.
- Hey, calma aí! Só perguntei por que
parece preocupada, mas se não quer falar... – ele deu de ombros, preparando
para voltar para a própria mesa.
- Desculpa. – ela relaxou, respirando
fundo. – É que amanhã é o aniversário da Maura e eu não sabia o que dar.
- E agora já sabe? – perguntou.
- Já, o problema é que vai ser
complicado de realizar. – ela coçou a cabeça, ainda indecisa se faria ou não.
- Jane, sabe que qualquer coisa que vier
de você, ela vai gostar. Só... Aja com o coração. – ele piscou para ela,
deixando-a surpresa.
- Você, você... – ele começou a rir da
cara dela.
- Jane, Jane. Acha que eu não saberia
dos seus sentimentos pela doutora? Eu não sou bobo e nem cego. Repetindo: faça
o que acha que deve e ela vai se encantar.
- Obrigada. – ela sorriu tímida.
O
dia passou sem maiores problemas, eles conseguiram juntar mais evidências sobre
o caso, como umas fitas de segurança do prédio em frente, as balas que foram
achadas no corpo pertenciam a uma arma de um criminoso fichado, e solto, e etc.
Jane saiu mais cedo da delegacia e foi para sua casa. Primeira coisa que fez:
pegou o telefone e ligou para Maura. Conversou com ela, combinando de irem em
um lugar diferente naquela noite: um bar danceteria com show ao vivo.
Depois,
ligou para o seu amigo e dono da boate e reservou um quarto para as duas,
combinando tudo o que queria fazer naquela noite. Tomou um banho relaxante,
apesar de ainda estar nervosa quanto ao que iria fazer. Colocou uma calça
comprida social preta, uma blusa branca e um terno preto, sapatos de salto alto
pretos. Deixou o cabelo solto, caindo-lhe em ondas pelos ombros. Passou uma
maquiagem leve e um perfume. Olhou-se no espelho, satisfeita, respirou fundo,
colocou um sorriso no rosto e partiu para a boate.
Maura
estranhou que Jane mudasse tão repentinamente de bar, mas ficou ansiosa para
ver o que a outra planejava. Só esperava, sinceramente, que não fosse
apresentar sua nova namorada. Isso a deixou nervosa. Tentou se acalmar, tomando
um belo banho relaxante. Colocou um vestido elegantemente rosa, os sapatos de
salto alto rosa claro, arrumou os cabelos e passou um pouco de maquiagem,
marcando bem os olhos. Passou um perfume que Jane adorava e pegou a chave do carro,
saindo de casa.
Quando
chegou ao bar, foi conduzida pelo próprio dono do bar até uma sala no fundo do
estabelecimento.
- Sua amiga pediu para dizer que ela já
vem, pediu desculpas pelo atraso. – ele disse polidamente quando entraram.
Eles
entraram na sala; a luz estava fraca e havia uma cama em um canto; uma poltrona
em outro canto, ao lado de uma mesa com drinques e do lado oposto, de frente
para a poltrona, havia um palco com um poste de ferro bem no meio. Maura ficou
espantada de ver onde tinha se metido. Abriu a boca para falar com o cara, mas
ele já havia saído pela porta. Sem ter o que fazer, sentou-se na poltrona,
servindo-se de um pouco de vinho.
Logo
a porta abriu e Jane apareceu. Tinha um sorriso confiante no rosto, ao cruzar
seus olhos com os castanhos claros, quase cinzas, ela sempre preferira os tons
de cinza. Maura ficou boquiaberta com o estilo diferente, mas ao mesmo tempo
tão comum, de Jane. A detetive aproximou-se, dizendo:
- Bem, foi difícil escolher o que te dar
de aniversário, Maura, você é uma pessoa, digamos, diferente. – ela olhou para
cima, sorrindo.
- Eu não posso acreditar que está
realmente fazendo isso! – ela conseguiu dizer entre sorrisos – Apesar de ser o
que eu queria, você conseguiu me surpreender.
- Essa era a idéia! E quem mais poderia
me dizer o que seria melhor para dar a uma mulher tão exótica como você?
- Jane, eu... – ela parou de falar,
tomando fôlego, mas a detetive sorriu e colocou o dedo indicador nos lábios da
amiga.
- Não fale. Só aproveite. – mordeu o
lábio inferior e se afastou.
Uma
música lenta e provocante começou a tocar, como se embalasse o corpo de Maura.
Jane subiu no palco, e começou a dançar. Não tinha experiência no assunto, não tinha
ido a um especialista. Fez como Korsak havia aconselhado e seguiu o seu
coração, seu instinto. Começou a dançar de um lado para o outro, mexendo os
quadris. Segurou no poste, ficando de lado para Maura, mas sem tirar os olhos
da loira. Movimentou o corpo para frente e para trás; depois, rapidamente
desceu até o chão, jogando a cabeça para trás e o quadril para frente. Ouviu um
gemido baixo, e sorriu, percebendo que tinha a total atenção da sua convidada.
Voltou
à posição inicial, ficando de costas para o poste e de frente para a médica.
Desceu um pouco, dobrando os joelhos, passando a mão por todo o seu corpo,
fechando os olhos. Fechou e abriu as pernas, umas duas vezes. Segurou no poste,
girando sobre ele, dando a volta, voltou para frente e empinou a bunda,
deixando que seu decote desse margem à imaginação da médica. Jane podia
enxergar todo o desejo estampado no rosto e nos olhos de sua amiga. Maura
mordia o lábio inferior, segurando fortemente os dois lados do braço da
poltrona, segurando seus gemidos.
Jane
desceu do palco, andando sensualmente até Maura. Sentou gentilmente em seu
colo, com uma perna de cada lado, olhando em seus olhos marrons cinzas. Sorriu,
e o sorriso formou covinhas, uma de cada lado, do seu rosto. Aproximou o rosto
do ouvido da outra, sussurrando:
- Feliz aniversário. – voltou a ficar
ereta e olhar nos olhos da médica.
- Jane, eu... Não sei nem o que dizer. –
ela sorriu minimamente, observando cada pedacinho do corpo da mulher que sempre
quis ter.
- No meu aniversário, eu não queria
nada, lembra? – ela disse, e a outra concordou. – Pois então, no seu, eu te dei
o que quis, e algo a mais. Eu faço o que quiser, exatamente como quiser, nesse
exato minuto. – Maura riu:
- Falando dessa maneira toda pomposa e
tecnicamente enrolada, está parecendo eu!
- Really? – Jane levantou uma
sobrancelha e a outra mordeu os lábios. Ela já tinha percebido que Maura se
derretia ao ouvi-la falar daquela maneira. Jane continuou:
- Ok Maura. Vamos direto ao ponto. Eu
posso te beijar agora mesmo se quiser, ou posso ir embora se quiser. Assim como
posso passar a noite, se quiser, se entende o que eu quero dizer... – sorriu
maliciosamente.
- Como assim? Passar a noite toda
dormindo nessa boate? – a médica arregalou os olhos. Jane bufou, já sem paciência,
e ia se levantar quando Maura puxou-a de volta para o seu colo, rindo
gostosamente.
- Eu estava só brincando, sua birrenta!
– ela sorriu largamente.
- Acho bom, senão, a senhorita iria
apanhar! – a morena fingiu estar brava.
- Bem, já foi cientificamente comprovado
que os humanos gostam de um pouco de dor na hora do sexo e que sentem prazer ao
sentir ou provocar dor, daí vem o populismo do masoquismo e sadomasoquismo. –
ela falou com uma cara tão séria e profissional, que Jane não levou para o lado
de uma discussão, apenas deu uma risada descontraída.
Olhou
diretamente nos olhos marrons, quase cinzas, segurou na nuca de Maura e puxou-a
para o primeiro beijo delas. O toque foi macio, suave toque dos lábios carnudos
da loira, como sonhara beijá-los! As línguas se entrelaçaram, experimentando
novos gostos, se acomodando uma na outra. As mãos de Maura se instalaram no
quadril de Jane, acariciando sua pele por debaixo da blusa. Entre um beijo e
outro, com a boca próxima, colada na de Jane, Maura disse:
- O presente que eu mais queria, já
ganhei: você. – Jane sorriu, sentindo seu coração pular de felicidade dentro do
peito.
FIM
aaaah eu amei *---*
ResponderExcluire caramba, eu amei a série também, tanto que a primeira temporada eu já vi tudo haha
parabéeens ficou ótima. beeijos
Adorei o q jane fez para maura eu faria o mesmo
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