Garota Jolie - 16


Garota Jolie - Capítulo 16

            Chegamos a casa dela, ele ainda não estava lá, era final de tarde. Eu não sabia o que fazer! Sentia meu estômago se revirando, nervoso. E... E se ele descobrisse? Se ele me odiasse? E se ele fosse um agente da CIA disfarçado? Eu sei, eu sei. Tenho assistido muitos filmes de ação e tals, mas eu não podia me controlar, era impossível!

- Sarah, para quieta! – gritou Priscila, ao me ver andar de um lado para o outro na cozinha.

 - Mas eu não consigo! – parei, colocando as mãos na cabeça.

- Não precisa ficar nesse nervosismo, já disse que o Lucas é sossegado. – ela deu um sorrisinho, enquanto descascava as batatas.

- Mas e se ele descobrir? – perguntei, com desespero na voz.

- Ele não vai descobrir nada... – ela deu um sorrisinho malicioso.

            Levantou-se, indo até a pia da cozinha e lavando as mãos. Após fazer isso, segurou-me pela cintura, trazendo-me para perto dela. Beijou-me os lábios, mordendo meu lábio inferior. Fechei os olhos e soltei um gemido baixo. Passou as unhas pela minha barriga e mordeu meu ombro. Jesus! Se eu deixasse aquela mulher fazer o que quisesse, era capaz de me comer literalmente, de tanto que me mordia! Mas eu não reclamava, adorava!

- Só duas pessoas sabem disso. Eu não contarei nada, então... Ele só saberá se você contar. – sussurrou-me ao ouvido.

- Bem eu não vou dizer nada, não sou doida! – ri.

- Então estamos combinadas! – ela riu.

            Segurou-me pela cintura e colocou-me sentada em cima do balcão que tinha na cozinha. Desceu minha calça e mordiscou a parte interna das minhas coxas, vagarosamente, mas antes que eu pudesse fazer alguma coisa ou emitir algum som, parou e levantou-se, com um sorriso maroto no rosto.

- Vai tomar um banho, vai! Jajá o jantar está pronto. – riu da minha cara confusa.

- Mas... Mas... Você ia... Por quê parou? – fiz beicinho.

- Só para te provocar... – riu, beijando meus lábios rapidamente.

- Você vai ver depois! – provoquei também.

            Subi as escadas para o segundo andar, era espaçoso e havia dois quartos e um banheiro. As paredes eram claras, entrei no primeiro quarto e havia uma cama de casal, de um lado, do outro uma janela grande com cortinas roxas e à frente um armário duplo. Além de mesinhas, quadros e uma televisão. No outro quarto, que entrei depois, havia uma cama, um armário embutido, uma televisão pequena e uma janela grande, com as mesmas cores do outro quarto.

            Em cima da cama estava uma toalha felpuda branca e umas roupas, que eram da Priscila. Dei risada, ficariam grandes para mim, mas pelo menos eram agradáveis. Entrei no banheiro, espaçoso e confortável, uau aquela mulher tinha mesmo dinheiro! Liguei o chuveiro, tirei minhas roupas e deixei que a água quente me envolvesse. Fechei os olhos, estava tão bom, tão gostoso, relaxante! De repente, senti um friozinho incômodo e ouvi um sussurro atrás de mim.

- Está gostoso? – abri os olhos rapidamente e vizualisei Priscila.

            Olhava-me com ardor, passando a língua pelos lábios. Não deu tempo de falar nada! Quando eu vi, ela já prensava meu corpo quente pela água contra o azulejo gelado do box. Gemi pelo contato repentino, com um sorriso no rosto. Rapidamente seus lábios beijaram os meus com ardor, sua língua esfregando-se contra a minha, enquanto molhava-se inteira. Rancou a blusa que usava, deixando que seus seios maravilhosos aparecessem. Desceu a boca para o meu colo e colocou um dos meus seios na boca, lambendo-o e sugando-o, com urgência. Entre gemidos, consegui dizer:

- Mas... Mas... E se... O Lucas... Chegar... – fechei os olhos, pendendo a cabeça para trás.

- Ele vai demorar. Acabou de ligar avisando... – sorriu maliciosamente, olhando em meus olhos.

            Seus dedos mais que rapidamente arranharam minhas pernas, penetrando meu sexo totalmente molhado e pulsante. Eu delirei nas mãos daquela deusa, durante uns bons minutos, quase uma hora, para ser sincera. Depois, enquanto conversávamos, eu troquei de roupa. Coloquei uma calça jeans dela e uma camiseta de rock antiga que ela tinha. Coloquei meu tenis novamente. Quando descíamos as escadas, Lucas abria a porta da sala.

- Bom noite! Desculpem-me pelo atraso! – abriu um sorriso, dando um beijo na esposa.

- Tudo bem amor, ficamos conversando e nem vimos a hora passar! – ela lançou-me um olhar cúmplice e eu respondi com um sorriso.

- Então, vamos comer? Estou faminto! – deu um sorriso, enquanto me abraçava.

            Sentamos à mesa e após tudo na mesa, começamos a comer e a conversar. Descobri que Lucas era uma pessoa muito legal e simpático. Contou-me sobre seu trabalho em uma empresa, sobre como era difícil, mas muito gratificante e prazeroso. Comentou que já estava com Priscila há uns seis anos mais ou menos e que ela era a mulher da vida dele. Sabe sorriso amarelo? Pois bem, eu já tinha usado todos os que eu possuía, naquela noite.

            Falar o quê, santo Deus? Ainda mais eu, uma pirralha chata e se achando dona de si... Bem, Priscila não disse nada, mas me olhava de um jeito compreensivo, pedindo-me paciência. Atendi. Após o jantar, sentamos na sala e ficamos assistindo à um filme, mas já estava tarde e eu precisava voltar.

- Bem gente, foi um ótimo dia e ótimo jantar, mas eu preciso mesmo voltar para casa. – levantei-me do sofá.

- Tudo bem, eu adorei a sua companhia! – Priscila segurou um riso, mas Lucas levantou-se também, dizendo:

- Eu te levo até em casa. – sorriu, simpático.

- N-não precisa. E-eu... – ele interrompeu-me, dizendo que insistia.

            Fomos conversando durante o caminho todo até minha casa. Aliás, ele mais falava e eu só escutava, pensando em como a vida era irônica. Na porta de casa, quando parou o carro, complementou:
- Estou feliz porque a Priscila fez uma amiga como você. Eu conheço minha esposa e sei o quão bonita ela é, e como os caras ficam em cima dela. Sou ciumento e não suporto os amigos dela que só enxergam seu corpo. Fico feliz por você ter feito amizade com ela. – sorriu, sincero. Senti um nó na garganta e consegui dizer, com muito esforço:

- Ah... Sim... É... Verdade... – sorri. – Também estou feliz por isso. Boa noite e obrigada pela carona! – saí mais que depressa do carro.

            Quando ia entrar em casa, recebi uma mensagem no celular, estava escrito assim: “Já estou com saudades! Não se assuste com ele, eu... Não quero que você vá. Eu sei, eu sei... É precipitado, mas... Que seja! Sinto falta dos seus lábios nos meus agora. Boa noite minha gata, da sua Garota Jolie.”

            Senti minhas pernas tremerem, meu Deus do céu! Aquilo já estava indo longe demais... Tinha passado daquele estágio inicial do desejo carnal. Mas o que eu iria fazer? Estava envolvida demais e feliz demais para tentar refrear meus desejos e minhas loucuras de adolescente. Sorri, mordendo o lábio inferior. Eu precisava conversar sério com Priscila, e já tinha resolvido, iria fazer isso no dia seguinte, logo quando a visse... 

2 comentários

  1. Já estava sentindo falta dessa continuação moça...rs...Mas como sempre vc nos cativa comsuas histórias....Ansiosa pelas outras tbm....Na espera de novos escritos...Bjs...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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