Um Amor Além da Vida: 6 - Somente Ela


Capitulo 6 – Somente ela

Eu guiava a moto por entre os carros, sentindo o vento bater em meu rosto, me sentindo livre. Sorri e me lembrei do momento em que Priscila andara comigo nessa mesma moto. Ela segurou-se tão forte á mim, com medo, que eu quase sufoquei, mas confesso que adorei seus braços em volta da minha cintura e o contato que seu rosto fazia junto ao meu.

E confesso também que aquela aula de violão havia sido a melhor da minha vida. Pois ela estava comigo. Não sei o porquê, mas cantei aquela canção somente para ela, sentindo uma enorme felicidade subir-me à cabeça. Chegando em casa, guardei a moto e entrei no apartamento. Inexplicavelmente estava tudo sem graça, tudo muito quieto. Olhei para meu telefone e ele parecia me chamar.

- Não Clarice! Você nunca ligou para uma menina sendo que acabou de vê-la, elas sempre que ligavam, e não é agora que você irá fazer isso.

Eu disse para mim mesma. Balancei a cabeça e fui para o meu quarto. Troquei de roupa e deitei na cama. Por mais que não quisesse, meu pensamento ia até Priscila. Peguei meu caderno e tentei terminar uma composição que tinha começado há um tempo, mas nada saiu. Enfim, derrotada, peguei o telefone e disquei seu número.

- Alô? – ouvir sua voz me alegrava.

- É a Priscila? Aqui é a Clarice. – eu percebi a alegria que sua voz emitiu depois de me reconhecer.

- Oi! Como você está?

- Melhor agora e você? – que idéia era aquela de “melhor agora”?

- Bem. – momentaneamente ficou tudo quieto. Meu coração batia veloz. Não adiantava mentir, nem para ela, muito menos para mim mesma, então disse:

- Estava com saudades. Precisava ouvir sua voz. - senti sua respiração aumentar e ela ficar mais tensa, ao responder:

- Eu também. Hey... Adorei ouvir você tocando para mim hoje.

Eu quase morri quando ela disse isso. Então ela sabia que eu havia tocado somente para ela.

- Que bom. Poderá haver outras vezes. – eu tinha que encerrar aquela conversa. – Bom, tenho que ir. Até mais.

- Beijos.

- Beijos. – desliguei. Meu coração ameaçava sair pela boca, minha respiração estava ofegante... Levantei da cama um instante e gritei:

- Mas que droga! Impossível! Ninguém nunca havia exercido esse poder sobre mim! Somente ela! Mas que idiota Clarice!

Voltei a me sentar na cama, e um sorriso formou-se em minha face. É impossível ficar com raiva de mim mesma, ouvir sua voz havia me deixado muito feliz. Peguei o caderno em cima da cama e minha caneta, e escrevi isso:

Você é a unica em que eu já acreditei
A resposta que pode nunca ser encontrada
O momento que você decidiu deixar o amor entrar
Agora estou espancando a porta de um anjo
O fim do medo é onde começamos
O momento que nós decidimos deixar o amor entrar”

Acabei largando o caderno em cima da cama novamente, com um sorriso no rosto. Finalmente conseguira completar a música... É, eu não queria admitir, mas aquela menina estava mexendo com a minha cabeça, virando meu mundo de ponta cabeça.
Tentei dormir e só pensei nela até o dia amanhecer.


--------------------------------------------------------------------
eu sei que o capítulo está pequeno, mas estou só re-postando, no blog, por isso não mexi no tamanho dos capítulos, não demorarei para postar o próximo, beijos.

Nenhum comentário

Postar um comentário

Layout por Maryana Sales - Tecnologia Blogger