Love Game: 6 - Respire Em Mim


Capítulo 6 – Respire Em Mim

            No outro dia lá estava eu, na sala dos professores, me preparando para ter aulas na sala do terceiro A, quando eu vi uma pessoa parar em frente à porta. Os cabelos loiros tampavam um pouco dos olhos azuis, arregalados. Lá estava a menina do segundo ano, toda encolhida na porta, como se eu fosse atacá-la.

- Li-Licença?

- Entra. – a garota entrou, chegando perto de mim.

- Me desculpa, mas... O que... O que... – ela começou a gaguejar. Segurei uma gargalhada, eu era tão temida assim? Ótimo!

- Aconteceu no banheiro?

- Si-sim. – ela disse baixo, com medo de alguém escutar, apesar de estarmos sozinhas.


- O que tem?

- Bem... Eu... Hãn...

            Eu tinha entendido. A garota estava com medo de que eu dissesse para alguém que ela tinha sido comida por uma mulher. Dei um sorriso e pensei bem, eu podia me aproveitar daquela situação... Por mais que não quisesse, sentia ciúmes daquela garota. Porque era para Paola estar com os dedos em mim e não nessa coisinha aí.

- Eu não conto para ninguém.

- Muito obrigada! – a garota suspirou de alívio, antes de eu continuar:

- Se você nunca mais tocar a Paola.

            Ela não me questionou. Balançou a cabeça no sentido afirmativo, visivelmente aliviada. Rapidamente saiu da sala. Eu estava feliz, tinha tirado-a do caminho e fora tão fácil... Peguei meu material e rumei para o terceiro A.

            Quando entrei, procurei avidamente pelos olhos negros, que não encontrei. Naquele momento senti uma coisa tão estranha, por milésimos de segundo fiquei perdida, passando novamente os olhos pela sala. Nada. Rapidamente me recuperei e andei até minha mesa, cumprimentando a sala.

            Dei a minha aula normalmente, exceto pelo fato de Paola não estar presente. Era tão estranho, tinha uma sensação de vazio... Insinuar-me para os outros alunos não me satisfazia mais, eu queria o desejo dela por mim. Não aceitava o de mais ninguém. Senti raiva por estar tendo aqueles pensamentos estranhos. Andei de cara fechada até a cantina, onde Helena esperava por mim.

- Bom dia. – ela disse sorridente.

- Bom dia por quê? – perguntei ríspida.

- O que houve dessa vez? – disse sem tirar aquele maldito sorriso do rosto.

            Não respondi. Pedi um suco de maracujá e ainda briguei com a mulher que estava do outro lado do balcão, porque ela tinha trocado meu suco. Helena ria da minha cara, enquanto andávamos lado a lado até a nossa mesa. Mal sentei, vi Paola descendo as escadas, tinha entrado pelo outro portão, do outro lado da escola. Olhei tão atentamente, que minha amiga olhou na mesma direção, soltando esse comentário:

- Ah está explicado...

            A morena aproximou-se da mesa, deixando um papelzinho dobrado ao lado da minha mão, e continuou seu caminho. Curiosa, abri-o:

“Me encontre no banheiro quando acabar o intervalo.”

            Sim, o bilhete era só isso. Mostrei-o à Helena, não precisei dizer o que tinha quase acontecido no dia anterior, minha amiga me conhecia. Passei a mão pelos cabelos, visivelmente preocupada, sem saber o que fazer. Tinha certeza que iria atrás de Paola logo quando todos os alunos subissem para suas classes, mas... Eu estava perdendo o controle, totalmente.

- Quer um conselho? – Helena tirou-me de meus devaneios.

- Não, você é apenas amiga de enfeite. – respondi mal-humorada.

- Está pior do que eu pensava. Mas, voltando... Acho melhor você parar de ser tão controladora, e deixar que esse mar de sensações te leve a experimentar coisas novas. Pelo que vejo, ela também está na sua.

- E a ética?

- Desde quando isso foi um problema pra você? – perguntou irônica.

            Ela tinha razão, eu só queria arrumar desculpas para continuar mantendo distância. Sempre estivera bem sem esses sentimentos idiotas como o amor, não queria depender dele, tinha verdadeiro pavor disso.
           
            Fiquei tão entretida com meus pensamentos que só percebi que o intervalo havia acabado quando Helena levantou-se, me chamando.

- Vai lá e acaba com ela. – riu do próprio comentário.

            Deixei que todos subissem as escadas e me encaminhei para o banheiro do andar da sala dos professores. Estava nervosa, sem saber o porquê. Ajeitei meu vestido roxo no corpo, os cabelos sobre os ombros, acertei os seios... Como se alguma coisa poderia estar fora do lugar... Eu estava ficando doida, só podia!

            Entrei no banheiro. Paola estava encostada na pia, esperando. Quando me viu, abriu um enorme sorriso.

- Queria me ver? – sorri de volta.

- Preciso conversar com você. – aproximei-me, passando os dedos em seus lábios. Colocou a mão sobre a minha, mas deixando-a no mesmo lugar.

- Você está me enlouquecendo sabia? Eu... Não poderia. Aliás, não posso. – ela parecia tentar se explicar, mas eu entendia menos cada vez mais.

- Bom queria dizer que eu vou ao acampamento. E... – coloquei a outra mão em sua cintura, deixando nossos corpos mais próximos.

- E... – respirei bem perto de sua boca. Ela não agüentou mais:

- Foda-se. – disse antes de puxar minha nuca, grudando meus lábios nos dela.

            Beijou-me com fúria, sugando meus lábios e minha língua, passando as mãos pelas minhas pernas, levantando o vestido. Virou-me, colocando-me sentada em cima do mármore frio da pia. Mordeu meus ombros, lambeu meu pescoço, beijou-me nos seios, por cima do pano do vestido. Meus dedos enrolavam-se nos cachinhos marrons de seus cabelos, puxando-a para mim.

            Ela parecia não se importar com o perigo de alguém entrar, estava enlouquecida de desejo, cega pela paixão, como um animal no cio. E eu? Encontrava-me na mesma situação. Aquela garota me tirava do sério. Eu precisava que ela me beijasse, tocasse, lambesse, amasse, mordesse e fodesse com urgência.

            Epa! Tem algo que eu pensei que destoa das outras palavras ali! Não pode ser, eu não poderia querer que ela me...

- Ahh.... – senti um tremor por todo o meu corpo.

            Os pensamentos ficavam para depois. Senti sua língua quente invadiu meu sexo, ela literalmente caiu de boca! Ela lambia-me com pressa, explorando cada pedacinho do meu intimo com urgência e um pouco de rudeza. Meu corpo tremia levemente, enquanto um som ininteligível saía de minha boca.

            As sensações foram ficando mais fortes, meus gemidos se transformando em pequenos gritos. Joguei minha cabeça pra trás, encostando-a no espelho, enquanto com as mãos enroscadas nos cabelos dela puxavam-na de encontro ao meu sexo molhado, tentando aumentar o contato.

            Meu corpo começou a tremer inteiro, avisando que chegava o momento. Contorcia-me, inconsciente dos meus movimentos, enquanto Paola puxava-me o quadril de encontro a sua boca faminta.

            Foi como se eu tivesse saído de órbita, como se tivesse flutuado. Fiquei ausente, ainda sentindo tudo muito sensível. Sua língua passou vagarosamente, fazendo com que eu desse pequenos tremeliques.

            A morena endireitou-se, grudando seu corpo ao meu, beijando-me os lábios sofregamente. Havia algo mais naquilo, não era desejo, era...

            Gemi forte ao sentir seus dedos entrando e saindo de mim, com força, enquanto sua boca me mordia e me beijava. Mas eu também queria desfrutar daquele corpo maravilhoso. Passei a língua pelo seu pescoço, mordi, lambi. Abri, com dificuldade, o botão e desci o zíper de sua calça, colocando minha mão dentro de sua calcinha.

            Ela estava completamente molhada. Foi fácil deslizar meus dedos pelo seu clitóris, fazendo movimentos constantes, cada vez mais fortes. Ela aumentava a intensidade dentro de mim, e enquanto eu gemia cada vez mais forte, aumentava a intensidade dentro dela também.

            Gememos, gozamos juntas. Cansadas, suadas, satisfeitas. Seu corpo grudado ao meu, para não cair. Ainda de olhos fechados, tinha fechado-os em algum momento, beijou levemente meu pescoço. O momento foi passando, a ânsia diminuíra. E agora?

- O que... – ela tentou falar, mas eu interrompi:

- Por favor, não fala. – calei-a com um beijo.

            Desci de cima da pia, ajeitando-me. Ela também. Sorrimos, cúmplices, e saímos do banheiro, cada uma para um lado. Eu parecia estar andando nas nuvens, nunca havia feito sexo com aquela intensidade, com aquela paixão... Epa... Paixão?

- Onde raios você estava? – Helena segurou-me pelo braço.

- O que? – disse saindo daquele estado de torpor, mas ainda sorrindo.

            Ela olhou-me dos pés a cabeça e começou a rir, gargalhar.

- Eu te conheço... Está com aquela cara... – sorriu maliciosa.

- Estou cansada. – rimos juntas.

- Sua sorte é que só vai ter a última aula agora. Vai sentar um pouco lá no sofá da sala dos professores para tomar um ar e se recuperar, antes que a diretora te veja.

            Obedeci. Estava... Feliz demais para pensar ou retrucar. Que tudo se explodisse, pensaria depois. 

Um comentário

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