Me mate. Vamos! Me mate uma vez mais. Eu peço. Imploro.
Venha, me profane. Aqui, bem aqui. Qualquer lugar. Em todo lugar.
Eu voltei para você, meu amor. Cansei de andar sem rumo.
Meu lugar é aqui.
A garrafa de vodka nas mãos, os olhos perdidos e vermelhos.
Meu vício. Sabia? Você é meu vício.
Me ame. Vamos! Eu ordeno que me ame.
Me faça tua.
Me coma.
Me foda.
Me vire do avesso.
Não aguento mais viver assim.
Não fui feita para felicidades e flores e amores sossegados.
Você sabe, você me conhece.
Volte, meu amor, volte para mim, para o nosso abrigo.
Me deixa ficar com você essa noite.
Prometo lhe deixar me usar.
Por favor, eu não tenho mais para onde ir.
Me deixe revisitar os fantasmas do passado.
Venha, me beije.
Deixe seu veneno escorrer em minha boca.
Estou sozinha.
Não há mais ninguém para mim.
Então me deixa voltar.
Eu sou sua. Só sua.
Me ame, porra!
Venha!
Sou sua, puta.
Sou sua puta.
Vagabunda.
Idiota.
Tola.
Sua.
Venha!
Me mate!
Mas me tenha.
Só assim conseguirei dormir em paz.
Mas você não vem, nunca veio, e nunca virá...
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