Ela sentou-se na cama de costas para mim, onde estiveramos conversando minutos antes. Eu continuei meio sentada, meio deitada, olhando as costas bem desenhadas. Ela olhou-me por cima do ombro, indecisa, com os olhos cravados nos meus. Estremeci. Eu sabia o que aquele olhar significava, e também estava sem saber como proceder. Com os dedos nos lábios, hábito que tinha, encarava-me, esperando uma iniciativa da minha parte. O que poderia eu fazer? Tudo começara como uma brincadeira, ali, naquela cama. As provocações, os pequenos gemidos, as revelações e segredos... E então, as coisas foram se complicando, e os sorrisos ficando mais sinceros. As vontades viraram necessidades, e os quereres, exigências. Quando percebi, já estava cravando a marca perfeita dos meus dentes em seus ombros macios. Tínhamos levado adiante, como brincaidera, até onde dera, mas agora era o momento fatal. Ela mordeu o lábio inferior, com o ombro tão convidativo para mim. "E então?" sussurrou. Levantei-me, sorrindo, encostando-me às suas costas, o rosto colado ao dela, e sussurrei "Me deixa morder seu ombro?" Sorri, respirando em seu pescoço, e ela abriu um largo sorriso com o pedido. Não durou mais do que alguns segundos, para que a confirmação viesse de seus olhos castanhos claros. Minhas mãos arrastaram a gola da blusa, e meus dentes arranharam a pele fina, logo mordisquei o ombro que tanto me tirava o sono. Um gemido escapou por entre seus lábios, trazendo-me a confirmação.
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