Oneshot – Castle Walls
Shipper: Kaddison
Crossover: Castle x Private Practice
Continuação de Stripped
Fandom: Castle x Private Practice
Sinopse: Após a partida de Addison, Kate se vê
confusa e solitária. Sempre nutriu sentimentos por Castle, mas agora não podia
ignorar a presença e os sentimentos por Addison. Caminhos tão diferentes, com
destinos tão diferentes. Qual seria o certo? Um amor para curar as suas
feridas, ou um castelo para protegê-la do perigo?
N/A: Finalmente voltei com a história! Como prometido, essa é a continuação da história Stripped, vista pelo ponto de vista de Kate Beckett. Espero que gostem, e por enquanto não está estipulado quantos capítulos terá. Espero que os personagens estejam de acordo, e por favor, Casketts não me matem! (não vou dar motivo para isso, eu acho, mas... é bom já pedir rs) Boa leitura, e aproveitem!
Parte 01
Então era isso. Fiquei parada ali
por um tempo, enquanto via o avião levantando voo, e Addison finalmente ir
embora. Soltei a respiração, que eu nem tinha percebido que havia segurado por
tanto tempo. Finalmente eu podia soltar o ar preso dentro do peito, podia
respirar. Sai do aeroporto, pegando meu carro, ainda sem conseguir pensar
direito em tudo o que tinha acontecido naquele fim de semana, em toda a loucura
que eu havia me metido. Ainda tentava entender em como eu havia me permitido
passar por tudo aquilo, sentir tudo aquilo, logo eu, sempre tão fechada com
relação aos meus sentimentos, a mim mesma.
Quando cheguei em casa, o perfume
dela ainda estava no ar; ou seria impressão minha? Sorri boba, enquanto ia
tomar um bom banho. Sentia o seu toque por todo o meu corpo, e logo me lembrei
de quando fizemos amor, aquele dia mesmo mais cedo, no chuveiro do hotel. Era
insanidade! Eu mesma não me reconhecia. Acabado o banho, troquei de roupa e fui
pegar algo para eu comer na geladeira. Leite com bolachas, não estava muito a
fim de outra coisa. Sentei no sofá na
sala, sem conseguir parar de pensar em tudo o que acontecera. Respirei fundo,
fechando os olhos por um segundo, e reabrindo-os, tentando me decidir por onde
começar. Pelo começo, obvio. Aquele bendito bar em que eu havia ido. Era a
primeira vez em dois anos que me via sem Richard Castle por perto. Primeira vez
que me sentia sozinha; tinha ido para lá tomar algo e colocar os pensamentos no
lugar; quem diria que iria desencadear tudo aquilo. Só me confundiu mais e
mais.
Eu nunca havia me apaixonado por uma
mulher, aliás, nunca ficara de verdade com uma. Havia beijado já uma amiga na
faculdade, em uma daquelas brincadeiras bobas de verdade ou desafio. Como não
sou de fugir de nada, aceitei o desafio e a beijei. Mas nada mais do que isso.
Então, peguei-me naquele rodamoinho de emoções e sentimentos. Quando percebi
que Addison estava querendo algo mais, tomei a situação como uma brincadeira,
algo fora do comum, e resolvi experimentar. Adoro jogos, e foi como me senti,
ao tentar seduzi-la, e deixar que ela me seduzisse. Mas fui pega de surpresa ao
gostar tanto do que havia acontecido. Dessa aventura sem pé nem cabeça. Com
relação ao sexo, apenas senti diferença em ser mais criativo... Não é algo
direto, exato. Gostei de poder experimentar gestos e sensações diferentes.
Já no relacionamento... Foi o que me
deixou tão confusa. Será que relacionamentos entre mulheres são mesmo tão
intensos assim? Tudo aconteceu tão rápido... Eu não estou acostumada a isso.
Aliás, não gosto disso. Gosto de ter tempo para pensar, refletir, tomar minhas
decisões. E lá estava eu, o fim de semana inteiro ao lado dela. Aliás, o que
aquela mulher tinha afinal? Não sei dizer... Sentia-me bem com ela. Era
engraçada, madura, bonita... Aliás, completamente linda! E adorava a sua
sensualidade. O sexo... Indescritível. De longe, o melhor que eu já tivera.
Isso me fez lembrar inevitavelmente de suas palavras... Como ela poderia me
amar? Nem me conhecia direito... E eu não podia retribuir o sentimento, ou
poderia? Não, não agora, com certeza não. Não estava preparada. Fora apenas um
fim de semana, certo? Agora ela estava de volta a Los Angeles, e eu continuava
ali em Nova Iorque. Ela reataria com o tal do Kevin, ou quem quer que seja, e
eu... Castle!
Onde ele entrava nisso tudo? O que
eu sentia por ele afinal? Tanta coisa acontecera naqueles dias, que eu havia me
esquecido dele. Sentia-me triste por saber que ele resolvera ir viajar com a
ex, quando eu já estava pronta para dizer para ele o que eu sentia, ou que pelo
menos queria ir com ele. Talvez, bem talvez tenha sido melhor eu não dizer,
talvez fosse um sinal que eu devesse ter ficado quieta. Eu não sabia exatamente
como lidar com meus sentimentos por Rick, então resolvi não pensar muito
naquilo. Ele não estava ali, e eu tinha que continuar meu trabalho, gostando
disso ou não. Acabei de comer e coloquei tudo na pia, dirigindo-me para o meu
quarto. Peguei meu celular, sentindo uma vontade imensa de mandar uma mensagem
para Addie, perguntando se ela tinha tido uma boa viagem, mas achei que não
deveria. Após algum tempo, adormeci, com lembranças do meu final de semana
povoando os meus sonhos.
Acordei no dia seguinte às oito da
manhã, preparando-me para ir para o trabalho, e enquanto tomava meu café, o
visor do meu celular acendeu e apitou, acusando uma nova mensagem. Peguei o
aparelho, e ao ver o nome na tela, um sorriso tímido escapou de meus lábios.
Abri a mensagem, lendo-a: “Bom dia.
Cheguei bem em LA, e descobri que tem muito trabalho me esperando. Espero que
esteja bem. Beijos, Addie.” Como não ter um ótimo dia após uma mensagem
dessas? Respondi-lhe rapidamente: “Bom
dia, estou indo para o trabalho agora, vê se não cansa muito. Ótimo dia para
você. Beijos, Kate.” Peguei minha jaqueta, as chaves do carro, e fui para o
escritório. Chegando lá, subi o elevador e fui diretamente para minha mesa.
Comecei a olhar alguns arquivos que estavam ali por cima, e acabava
inevitavelmente olhando para a cadeira ao meu lado.
— Já está
sentindo falta dele? – a voz de Ryan ao meu lado acordou-me dos meus
pensamentos. Fiz uma careta para ele, levantando uma sobrancelha, e ele logo se
calou.
— É como se
finalmente tivéssemos paz... – Esposito apareceu, respirando profundamente, de
braços abertos.
Eu ri, balançando a cabeça. Agradeci
pela preocupação, perguntando-me até que ponto estariam certos. Eu sentia falta
de Castle, mas também sentia falta de Addison. Acostumei-me com o escritor ao
meu redor a qualquer lugar que eu fosse, sempre fazendo suas piadinhas, sempre
me fazendo rir; mas também sentia falta da companhia da médica por perto, seu
senso de humor, seu ar de novidade, sua maturidade... Resolvi que seria melhor
continuar trabalhando e esquecer daquilo tudo por um tempo. O caso que eu tinha
em mãos me consumiu praticamente o dia todo, o que foi bom para mim. Voltei
para casa quase nove da noite, e ao adentrar no meu apartamento, senti um vazio
por dentro. Castle não estava ali, Addison não estava ali... Meu telefone
começou a tocar, e eu o atendi, sem nem mesmo olhar no visor:
— Beckett.
— Boa noite. – a voz dela
do outro lado me fez sorrir.
— Ei, Addie...
– sentei-me no sofá, mordiscando o lábio inferior.
— Está ocupada? Não sabia se deveria ligar...
– sua voz estava incerta.
— Acabei de
chegar em casa, e estou feliz que tenha ligado.
— Como tem sido o seu dia?
—
Sinceramente? Chato... Bem, o caso em que estou trabalhando me consumiu o dia
todo, mas... Sei lá, está faltando...
— Aventuras? – eu podia
imaginar ela sorrindo enquanto dizia aquilo, comecei a rir.
— Sim, acho
que sim... E o seu?
— Bem, houve muitas perguntas sobre o meu fim de semana,
problemas pessoais do pessoal daqui, e coisas pendentes da clínica. Não foi tão
puxado quanto eu achei que seria.
— Que bom... –
comentei. Por uns segundos, ficamos ambas sem nada dizer, e aquele silêncio foi
incômodo. Ao sentir que ela hesitava em dizer algo, eu quebrei o gelo. — O que
houve, Addie?
— Eu... Não sei. Sinto sua falta.
– ela soltou um suspiro exasperado.
— Também sinto
a sua. – confessei.
— Posso ser sincera? –
ela soltou. E eu sorri, gostava daquilo, ela não conseguia ficar enrolando
muito.
— Claro.
— Eu não sei se devo te ligar, ou ficar te mandando
mensagem... Não sei o que é correto a se fazer, ou se eu deveria deixar como está...
— Com seus
telefonemas, me sinto menos solitária... – ela soltou uma risada do outro lado
da linha. — E outra, duvidei que você ficasse longe...
— Como assim?
— Você foi
quem se aproximou de mim no bar, você me chamou para o seu hotel, você que deu
o primeiro passo... Não é surpresa que você resolva me ligar. – provoquei.
— Está muito convencida, isso sim!
– ela brincou do outro lado. — Aposto que
está com aquele sorrisinho no rosto.
— E o que vai
fazer a respeito? – levantei uma sobrancelha.
— Infelizmente, nada. Mas se eu estivesse aí...
— O que? – eu
percebia sua vontade de continuar, então resolvi provocá-la, pra ver até onde
ela estava disposta a ir.
— Eu iria te beijar até desfazer esse sorriso...
— Só isso? –
perguntei, rindo, mas ela ainda não tinha terminado a frase, e o fez, enquanto
sua voz era abafada pelo meu riso:
— E fazer você gritar de prazer.
— Addison! –
ela me pegou de surpresa, e eu pude ouvir sua risada do outro lado da linha.
— Você fica sem graça fácil, nem parece a Kate que
eu conheci...
— Aquilo foi
uma exceção...
— Nossa! Exceção longa essa, hein? No hotel, na sua
casa, no hotel de novo...
— Addison!
— Okay, eu paro. Bem, tenho que ir.
– ela suspirou. — Boa noite pra você.
— Boa noite
pra você, durma bem. – acrescentei, e o telefone foi desligado.
Como ela conseguia melhorar meu
humor tão rapidamente? Eu não entendia o porquê eu sentia tanta falta dela
assim... Eu era acostumada a viver sozinha, desde sempre praticamente. Não
precisava de ninguém comigo, eu sabia disso, mas sentia que algo estava
faltando... Comecei a pensar em como seria a vida dela em LA, e se ela
realmente sentia a minha falta, como eu sentia a dela. Estranho como eu sempre
escondi meus sentimentos, mas com ela eu não precisava. Ela tornava tudo mais
fácil, e eu gostava daquilo. Fui dormir mais tranquila, com a voz dela
embalando meu sono.
Alguns dias se passaram, enquanto eu
trabalhava bastante em alguns casos no escritório, e fazia toda a burocracia e
a papelada. Conversei algumas vezes com Addison pelo telefone, outras, trocamos
mensagens pelo celular. Apesar de isso me animar, sentia falta de Rick por
perto. Ele deixava meu trabalho mais leve, e isso não era surpresa para
ninguém. Constantemente Ryan e Esposito faziam questão de estar por perto,
verificando se eu estava bem, comentando que logo logo Castle estaria de volta,
etc. Eu sempre os agradecia, e ficava contente por se preocuparem comigo,
apesar de repetir que não era preciso.
Houve uma ligação de Lanie dizendo
que tinha novas pistas na autópsia da vítima, e como os outros dois já tinham
ido falar novamente com a família da vítima, eu resolvi ir sozinha até o
laboratório. Lanie explicou que havia uma nova evidência no caso, que não
tínhamos visto antes. A vítima tinha DNA por sob as unhas, e finalmente o
resultado havia voltado. Ela provavelmente havia arranhado o seu agressor, deixando
vestígios sob as unhas dela. O DNA encontrado era do namorado da vítima, e
saindo dali eu iria fazer uma nova visita para ele.
— Lanie, você
poderia ter me dito isso por telefone. – comentei, sentando-me em cima da
bancada.
— O que você
tem? – ela me perguntou, olhando-me intensamente.
— Nada. Por
que a pergunta?
— Você está
estranha... Sei que o Castle foi viajar e com quem ele foi, e entendo que fique
chateada com isso... – eu a interrompi:
— Eu não
estou... – então foi a vez de ela me interromper:
— Está, eu
sei. Mas não é só isso... Tem algo de diferente...
— Você está
enxergando demais... Não tem nada.
— Sei... – ela
me olhou de forma desconfiada, e eu engoli em seco.
— Vou indo,
tenho que interrogar o suspeito, de novo. – sorri e me despedi dela.
— Vou te falar
uma coisa, antes de ir. Se estiver em dúvida, siga o seu coração. É clichê, mas
não deixa de ser verdade.
Sorri para ela e deixei o
laboratório. Por um momento, tive receio de que ela insistisse no assunto, mas
para a minha felicidade, ela não o fez. Ainda assim, conseguiu me deixar ainda
mais nervosa sobre a situação. Já estávamos quase no fim de semana novamente, e
a saudade de Addison só aumentava. Eu sabia muito bem o que queria, mas não
sabia se era o certo a se fazer. O conselho de Lanie havia me ajudado em
partes, mas ainda assim eu tinha meus medos. Liguei para Ryan e Esposito,
comentando sobre a novidade no caso, e combinei de encontrá-los na casa do
suspeito, o namorado da vítima. Chegamos lá, e quando íamos entrar, ouvimos
barulho de coisas quebrando. Forcei a entrada, e a porta se abriu, revelando o
suspeito saindo pela janela. Esposito desceu atrás dele, e ao chegar à rua,
antes que ele pudesse correr, o detetive pulou em cima dele, o imobilizando no
chão.
Fomos até a delegacia, e o cara
acabou confessando o assassinato. Havíamos finalmente resolvido o caso. Eu já
estava mais tranquila ao voltar pra minha mesa. Fiquei ali sentada por alguns
minutos, olhando para o nada, pensando. Quando me dei conta, o capitão Montgomery
estava a minha frente. Só então me dei conta do seu sobrenome, e aquilo me fez
sorrir.
— Está tudo
bem, Beckett?
— Sim, senhor.
– ajeitei-me na cadeira, sentando direito.
— Muito bem,
conseguimos fechar mais um caso. – assenti, e ele continuou. — Eu sei que...
Bom, que você está com folgas acumuladas, e... Como o Castle não está por
aqui... Estou te dando alguns dias de folga.
— Mas capitão,
eu não...
— Aceite. Sei
que sempre trabalha muito, e precisa de uma folga, assim como todo mundo. Prometo
que se algo acontecer, ou se precisarmos, eu serei o primeiro a ligar.
— Obrigada. –
agradeci.
Quando ele saiu pela porta, peguei
minha jaqueta e minha bolsa, e também sai, com um sorriso no rosto. Voltei para
casa, tomei um bom banho, pedi algo para eu comer, tentando adiar ao máximo a
ligação que inevitavelmente eu faria. Pensei bastante sobre o assunto, e
percebi que, já que as circunstâncias diziam sim, quem era eu para dizer o
contrário? Decidi que eu deveria dar aquela folga para mim, e aproveitar ao
máximo o que estava acontecendo. Sentei-me em frente ao balcão da cozinha,
peguei o celular e disquei o número, esperando, até que ela atendesse:
— Kate! Eu não
esperava que você...
— O convite
ainda está de pé? – perguntei, sem conseguir disfarçar minha ansiedade.
— Você vem pra
LA? Sério? Mas... Eu achei... – percebia a confusão em suas palavras, o que só
me fez rir.
— Eu te
explico tudo depois. Está?
— Claro! – foi
tudo o que eu precisei ouvir.
Peguei a minha mala, fui colocando
minhas coisas e minhas roupas lá dentro, sem nem pensar direito, para que eu
não mudasse de ideia. Marquei o primeiro voo noturno para dali a algumas horas,
e quando amanhecesse eu estaria descendo em Los Angeles.
Hummmmmm so você pra me fazer entrar aqui na conta do blog pra comentar :p....aviso que se tiver errinhos por ai,...é culpa do corretor automático u.u
ResponderExcluirO bom de eu viver o ocupada é que sempre acabo tend algo pra leeeeer hoho, pq demoro tanto a entrar que ja deu tempo de atualizar uma, duas, três vezes....e...isso é tao....awwwwwn *_*. Genial trazer ponto de vista à tona....eu amo ponto de vista, ainda mais quando mostra os dois lados da situação, é ai que começamos a identificar bem a personalidade dos personagens,como cada um encara. Apesar de conhecer um tiquinho da kate so....ela é bem o q eu imaginava mesmo....com todas essas duvidas e dificuldades de relacionamento que não so eu adoro, como me identifico rsrsrs.
Não gosto de Castle rumm kkkkk, ngm me mate, please xp, masssss achei muito bom colocar essa duvida nela, sabe?! Mostrar que algo ela tbm sente por ele...porque posso prever confusões e dramas pela frente...e...eu sou drama queen ne?! Hahahaha. Meu personagem favorito desse cap foi o capitão <3 pelas ferias que ele deu a kate hoho...,zueiraaa, amei muito as duas meninas, a continuação, as confusões de sentimento....e....ahhh quero mais, como faz?! *_*
Continue sempreee! Adoreei
Sempre quis saber o fim dessa história, eu lia lá no nyah kkkk
ResponderExcluir