Poesia - Risadas Ensolaradas



Risadas Ensolaradas

Está ensolarado lá fora, 
Consigo ver por entre as barras da janela.
O cheiro de lá, da grama fresca, me chama. 
O cheiro daqui, de mofo e umidade, me sufoca.

Escuto música alegre que me faz dançar, 
Enquanto o que toca aqui me faz chorar.
As risadas penetram-me os ouvidos, 
Já faz um tempo que eu mesma não ria.

Quebrando barreiras invisíveis de tempo espaço, 
Corro para a grama verde, o sol laranja, o céu azul.
Pulando, gritando até os pulmões doerem, 
Experimento a alegria pura de ser livre. 

Ás vezes nuvens carregadas se aproximam, 
Pingos escorrem dos meus olhos ao perceber, 
Que já não há mais o perfume dela em minha pele,
E suas presença não passa de uma mera lembrança.

Será que felicidade simples e pura não pode
Coexistir com um amor feroz e selvagem? 
Será que risadas ensolaradas não podem dançar
Com suspiros apaixonados de dois amantes?

Apesar de continuar sentindo o sol na pele,
Meu corpo clama pela pele quente feminina, 
E apesar de saber que a liberdade é saudável,
Meu coração só quer se prender em um novo amor.

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