Swan Queen: Never Too Late - Cap 4



Capítulo 4

Ela dirigiu até a escola do Henry; sabia que a Mary Margaret estaria lá. Estacionou em frente à escola e saiu do carro, esperando pela professora. Quinze minutos depois, o sino da escola tocou, e as crianças começaram a sair. Ela viu Henry correndo entre elas, mas não quis ir falar com ele. Sabia que a prefeita poderia chegar logo para pegá-lo, e ela definitivamente não queria encontrar com Regina agora. Então ela viu a mulher morena de pele branca no meio das crianças, e a chamou.

- Mary Margaret!

- Hey, Emma! Como você está? – a doce professora caminhou até ela, parecendo feliz em vê-la.

- Na verdade, eu preciso falar com você... Mas nós podemos entrar primeiro? – ela perguntou incerta.

- É claro. Vamos entrar – a sempre adorável professora respondeu.

            Emma já estava no caminho para a escola. Ela realmente não queria ver a prefeita. Mary Margaret estava bem atrás dela. Elas entraram na classe de Mary Margaret e cada uma puxou uma cadeira, sentando-se nelas.

            A professora podia ver o olhar preocupado no rosto da loira. Emma provavelmente estava muito preocupada com alguma coisa, pois tinha ido pedir ajuda a ela. Emma ficou quieta por um momento, tentando se decidir em como começar a conversa sem dizer o nome da prefeita. É claro que ela confiava em Mary Margaret, mas ela ainda não queria tornar aquilo público. Ela estava incerta sobre seus próprios sentimentos, então decidiu que seria melhor mantê-los guardados com ela mesma por um tempo.

- Bem... Eu vim aqui porque eu preciso conversar com alguém – ela finalmente disse alguma coisa.

- Ok, continue. Estou ouvindo – Mary Margaret pareceu preocupada com Emma. Ela não parecia tão saudável e forte como sempre. Tinha dois círculos pretos embaixo dos olhos, demonstração clara de falta de sono.

- Ahn... – ela não sabia para onde olhar. De repente, um pequeno pedaço de papel no chão pareceu bem agradável de olhar, mas ela continuou falando. – E-eu fiz algo hoje. Eu acho que foi errado e inapropriado, mas apenas aconteceu.

- Ok... E alguém saiu machucado?

            Emma olhou dentro dos olhos de Mary Margaret. Aquela pergunta a surpreendeu.

- Não, quer dizer, eu acho que não – ela disse mordendo o lábio inferior.

- Oh... Isso é bom. Então você fez algo que não deveria ter feito, mas isso não machucou ninguém. Houve qualquer parte boa nisso?

            Mary Margaret podia ver Emma corando, sabia que ela estava muito envergonhada. A loira começou a se lembrar de como Regina a fez se sentir. Lembrou-se de como o sexo tinha sido bom, e como ela poderia fazer isso de novo e de novo e de novo. Aquele sentimento... Ela não conseguia nomeá-lo, mas ela sabia que era bom. Achou que o ato em si, feito daquela forma e com a prefeita, era errado, mas o que ela sentiu quando o fez... Aquilo foi muito, muito bom.

- Uhum... Nós poderíamos dizer que sim – um pequeno sorriso apareceu em seus lábios.

- Bem, então eu não acho que é um grande problema. É claro que não é boa coisa sair por aí fazendo coisas erradas, mas de qualquer forma já está feito. Só tente não fazê-lo de novo – respondeu sorrindo.

- Sim... Vou tentar isso. Obrigada – Emma sorriu de volta para a professora, e levantou-se de sua cadeira. - Eu preciso ir agora. Meu trabalho me chama – disse colocando as mãos dentro dos bolsos da calça.

- Sem problemas. Eu estarei aqui se precisar de mim novamente – sorriu.

            Ambas saíram da escola, e para alívio de Emma, Henry e sua mãe já haviam ido embora. Ela entrou em seu carro e dirigiu até o escritório do xerife. A conversa tinha saído como esperado, afinal. Até mesmo que ela não tenha dito nada que a comprometesse, ou a Regina. Mary Margaret a ajudou a aliviar os pensamentos em sua mente; ela estava certa. Ela só precisava ficar fora do caminho da prefeita e tudo ficaria bem.

            Emma até mesmo se esqueceu da ideia que tinha tido de descobrir mais coisas sobre a maldição.

            Quando chegou a seu escritório, percebeu que havia alguma coisa errada. Graham estava empacotando as coisas dele; parecia triste. Ela se aproximou, colocando uma das mãos em seus ombros.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou confusa.

- Regina me demitiu. Ela me ligou a alguns minutos para ter certeza de que eu havia entendido – ele suspirou.

- Ela não pode fazer isso! Você não fez nada de errado, foi minha culpa! – Emma estava brava, como diabos Regina podia fazer aquilo?

- Sim, mas você não conhece a Regina. Ela faz o que quer. De qualquer forma, eu espero que ela mude de ideia – respondeu enquanto acaba de empacotar.

            Quando havia acabado, ele pegou as caixas e colocou do lado de fora do escritório. Emma ainda estava incomodada com a situação, tinha certeza que aquilo ainda não estava acabado.

- Graham, espere. Você tem certeza? Não pode ficar? Quero dizer, esse trabalho é a sua vida – seus olhos encararam os dele por um minuto. O xerife estava muito próximo a ela. Ele chegou mais perto e seus lábios tocaram os dela. Foi como uma explosão na cabeça dele. Ele se lembrou de tudo. O lobo, a Rainha Má, e a Branca de Neve.

- Que cena adorável – aquela voz, baixa e rouca. A voz de Regina.

            Eles se separaram rapidamente, olhando em volta e vendo que a prefeita os olhava. Ela parecia estar brava; Emma podia perceber enquanto olhava dentro dos seus olhos escuros. Ela estava se controlando.

- oh droga! Isso era tudo o que eu precisava – passou os dedos longos pelos seus cabelos loiros.

            Ela havia prometido que ficaria longe de Regina, mas como aquilo seria possível se Regina estava em todo o lugar que Emma estava?

- Eu-eu quase acabei – respondeu ele, falando baixo e devagar.

            A prefeita se aproximou, olhando diretamente para Graham e ignorando Emma por um minuto.

- Excelente. É bom ver que você ainda está me obedecendo – ela sorriu com prazer.

- Você não tem direito de fazer isso! – a loira gritou. Se ela queria a atenção de Regina, tinha acabado de conseguir.

- O que você disse, senhorita Swan? – Regina virou-se para encarar Emma, levantando uma sobrancelha. Ela realmente sabia como dar um olhar gélido. Emma podia senti-lo, e isso doía.

- Você ouviu. Eu disse que você não pode fazer isso. Ele não fez nada de errado, e você está tirando o seu trabalho sem nenhuma razão! – ela sustentou o olhar.

- E você acha que eu me importo? – um sorriso prazeroso apareceu em seus lábios cheios.

- Como você se tornou tão sem coração? – Emma não podia acreditar nas palavras da outra.

            Regina parou por um segundo, seus olhos olhando diretamente nos de Emma. Ela ainda não havia esquecido o que tinha acontecido em sua casa. Embora não pudesse admitir o quanto havia gostado daquilo. Ela precisava ser a única com poder, com controle. Sua expressão estava normal novamente, calma, mas ainda com raiva.

- Eu preciso lhe lembrar do seu lugar, senhorita Swan? Fique quieta. Eu sou a chefe aqui, sempre sou eu quem manda. Será que ainda não conseguiu perceber isso? – ela levantou uma sobrancelha. Se ela queria que Emma entendesse as entrelinhas, havia sucedido.

            Emma estava confusa e surpresa. Regina realmente havia dito aquilo? Oh caramba, agora a coisa estava ficando séria. Ela não podia deixar que a prefeita fizesse o que queria com ela. Ela jurou que ficaria longe, mas se Regina queria brigar, então elas iam brigar.

- Sim, acho que entendi. Mas você sabia, senhora prefeita, que o chefe pode mudar. E isso pode acontecer antes mesmo que você possa piscar – sorriu com prazer, sustentando o olhar possesso de Regina.

            Emma entrou em seu escritório novamente, deixando os dois sozinhos. De repente, Regina lembrou-se que ela não estava sozinha. Olhou para Graham; ele ainda estava ali, com uma expressão confusa no rosto. O quanto ela odiava pessoas tão previsíveis como ele! Se ela quisesse alguém para fazer tudo o que ela dissesse, ela compraria um cachorrinho. É claro que ela amava ser mandona e ver todo mundo a obedecendo. É claro que ela amava ver como ela podia controlar as pessoas. Mas naquele dia, com Emma a irritando, ela só precisava de alguém que fizesse alguma coisa, e não ficasse parado olhando-a com uma cara de idiota.

- Saia do meu caminho, Graham – sua voz era dura.

- Regina, se você mudar de ideia, sabe onde me encontrar.

            Graham rapidamente entrou em seu carro e foi embora. Ele estava muito preocupado com suas próprias memórias para prestar atenção à briga de Regina e Emma.

            A prefeita ficou ali, parada por um momento, com um sorriso maldoso em seus lábios. Ela não mudaria de ideia, que tolo ele era! De repente, ela se lembrou que tinha vários encontros de negócios ainda naquela tarde, então ela foi embora, direto para o seu próprio escritório, feliz com a forma como as coisas estavam acontecendo.

            Ela apenas não sabia como o destino podia jogar com os seus caminhos, quando fosse sua vez. Ou isso seria apenas uma coincidência?

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