Capítulo
4 – Novas Experiências
O
show que Margaret fazia para fechar o dia, só acontecia às cinco da manhã,
horário que fechava a boate. E o que ela fazia até lá? Era isso que Carmen
estava prestes à descobrir. A ruiva procurava uma roupa no seu armário,
enquanto se arrumava. Colocou a perna bem torneada em cima da cadeira, enquanto
colocava a meia calça vermelha, sendo observada por Carmen. Esta, ainda deitada
na cama, deliciava-se em observar aquele monumento, enquanto conversava.
- E agora, o que irá fazer?
- Bem, agora chegou a hora de mais um
show particular. Eu faço programas para os clientes mais ricos, aqui mesmo, na
boate. Em cima há um patamar só com suítes.
Ela
vestiu um sobretudo, deixando o primeiro botão aberto, para que a curva dos
seios aparecesse. Prendeu o cabelo em um rabo de cavalo, depois, sentou-se na
cadeira em frente ao espelho, retocando sua maquiagem. Calçou os sapatos pretos
de salto fino, e finalmente olhou para a sua convidada.
- O que acha? – sorriu, abrindo os
braços.
- Deliciosamente gostosa. – Carmen disse
com um sorriso nos lábios.
- Bem, eu adorei a companhia, mas eu
preciso trabalhar, então quem sabe não nos encontramos em outra hora?
- Ahn, eu queria... – Carmen
levantou-se, se aproximou e continuou com uma voz melosa:
- Se você permitisse, eu gostaria de te
acompanhar... Isso tudo está sendo uma experiência diferente para mim. Fiz
coisas aqui que não faço sempre. Não sei se teria outra oportunidade como essa.
- Não sei... – a ruiva mordeu os lábios,
refletindo os prós e os contras de levar Carmen consigo.
- Prometo não atrapalhar o seu
“trabalho”. – ela deu uma risadinha, acompanhada pela ruiva, que sorriu, segurando
em sua mão.
- Tudo bem, até que isso pode ser
divertido.
Margaret
saiu com Carmen atrás de si, passando pelos seguranças, que se entre olharam
confusos pela figura feminina ainda estar com ela. A ruiva voltou para o bar,
pegou um drinque com conhaque e tomou, oferecendo um gole para Carmen, que
aceitou. Berto, o barman, olhou curioso para a dupla à sua frente, indagando
Margaret com o olhar. Esta fez uma cara de quem nada pode fazer, mas com o seu
toque sapeca, sorrindo minimamente no canto dos lábios.
A
clientela continuava a mesma, mas já não era mais uma novidade para Carmen. Ao
lado delas, um cara cabeludo estilo rockeiro dos anos 80 fumava um baseado e na
parede da esquerda, no canto escuro, duas lésbicas se esfregavam, respeitando
as regras da casa: Sexo, somente nos quartos. Uma lésbica masculina passou por
elas, e segurou na cintura da ruiva, segurando em seus cabelos e dando-lhe um
beijo em seu pescoço. “Gostosa!” ela
sussurrou, e Margaret sorriu, dizendo:
- Desculpa, gata. Cliente. Quem sabe
mais tarde? – tomou o resto da bebida e, ainda segurando a mão de Carmen, subiu
a escada para o andar de cima.
A
escada deu em uma sala, com alguns sofás na cor marrom encostados na parede
branca. Dali, saia um corredor com diversas portas de madeira, provavelmente,
os quartos. Carmen olhava tudo com curiosidade. Dali, podia ouvir vozes
abafadas e ás vezes, alguns gritos das outras prostitutas nos quartos. A ruiva
parou em frente à porta de número 12 e abriu a porta. No quarto, havia uma
grande cama redonda, uma janela na parede do lado esquerdo, um armário e uma
poltrona em frente à cama. Um cara magro e de cabelos arrepiados estava deitado
no meio da cama.
- Finalmente! Mal posso esperar! – sua
fala saiu enrolada devido a bebedeira.
- Gatinho. Acho que você não se incomoda
se ela assistir, não é? – Margaret perguntou, já afirmando, enquanto fechava a
porta do quarto atrás de si.
- Vem cá pro papai, vêm! Hic! – ele
falou, enrolando algumas palavras.
- Esse aí não vai nem ver nada, quanto
mais ligar para alguma coisa. Olha, senta ali naquela poltrona, dali para
assistir. – ela sorriu.
Antes
de soltar a mão de Carmen, Margaret puxou-a para um beijo; mas este foi
diferente dos outros; foi mais profundo, mais intenso. As línguas se tocando,
os olhos fechados, com direito a mordidinha sensual no lábio inferior da
morena. A ruiva sorriu, abrindo os olhos, mordendo seus próprios lábios. Como
explicar o que sentiu quando soube que Carmen queria assistir? Mal pode conter a sensação de excitação que passou
por todo o seu corpo, arrepiando-lhe os pelos.
Sorriu
maliciosamente, aproximando-se da cama. O cara tentou puxá-la, mas ela não
deixou. Esquivou-se, segurando dos lados do sobretudo, tirando-o devagar,
brincando, deixando-o ver apenas uma parte dos seus seios. O cara falava coisas
desconexas, enquanto tentava tocá-la. Ela tirou o sobretudo, deixando seus
seios rosados de fora. Começou a movimentar o corpo de um lado para o outro, se
contorcendo. O cara começou a gemer, e sentou-se mais perto da beirada. Ela
aproximou-se, deixando com que seus seios se esfregassem nele. Sentou-se no
colo dele, massageando o pênis por cima da calça.
- Oh meu Deus, ah... Vem cá, gatinha...
– ele puxou os cabelos dela, beijou-lhe o pescoço.
Ela
deixou-se ser dominada. Deitou na cama, enquanto ele beijava o corpo dela
inteiro, apesar da pressa que ele tinha. Ela fechou os olhos, mordendo os
lábios. Abriu-os, e virando a cabeça para o lado, ao mesmo tempo em que ele
começou a lamber seu sexo, ela viu os olhos vidrados de Carmen, e sua direita
tocando o próprio sexo por cima da calcinha. Margaret gemeu, mordendo os
lábios, excitou-se ainda mais.
Levantou-se
e ficou de quatro em cima da cama, de costas para ele e de frente para Carmen.
O cara, animado, começou a xingá-la enquanto falava palavras desconexas.
Abaixou a calça, colocou um preservativo em seu membro, segurou na cintura
dela, e começou a estocá-la, com movimentos de vai e vem. Margaret começou a
gemer baixo, aumentando a voz gradativamente, sem tirar os olhos dos de Carmen,
que sem suportar, começou a se tocar. Ele puxou os cabelos dela, e ela gritou, sentindo
o membro dele entrar cada vez mais forte dentro de si, enquanto assistia os
dedos de Carmen entrando em seu sexo completamente encharcado. Seus olhos
brilharam quando encontraram os da outra. Como se algum tipo de eletricidade
pudesse haver entre elas.
- Vamos sua putinha, me fala que está
gostando, fala... – ele tentou dizer, arranhando as costas dela e puxando mais
seu cabelo.
- Ai eu adoro quando me fode assim! Me
come, me lambuza, eu preciso disso.. ah... – ela fechou os olhos por poucos
instantes.
O
que ninguém sabia, é que claro que ela gostava de sexo e não era tão avessa
assim a sua profissão, mas não era sempre, então acabava fingindo muitas vezes.
Sabia alguns truques adquiridos com a experiência e sabia o que dizer ou fazer
para deixar os homens loucos, mesmo sem estar sentindo tanto prazer. Mas
naquele dia, o nível de excitação de Margaret estava subindo cada vez mais.
Carmen não tirava os olhos da ruiva, observando e absorvendo cada mínimo
detalhe do seu maravilhoso corpo, todas as sensações que ela estava sentindo.
Naquele momento, Carmen se decidiu. Seria a nova aprendiz de Margaret. Não, não
como prostituta, talvez como alguma coisa lá dentro daquela boate. Ela só
precisava, necessitava explorar mais daquele mundo novo e obscuro onde o sexo
envolvia muito mais do que somente o sexo.
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