A vida é feita de momentos. E esse é o meu momento. Eu, apressada como sempre, diversas vezes me perguntei para onde estou indo, o que está acontecendo. Tentei classificar o sentimento, colocá-lo em um compartimento, tentei entender o que estava rolando, colocar etiquetas, mas todas as vezes em que o fiz, acabei enfiando os pés pelas mãos. Noites em claro e em choro foram disperdiçadas nesse processo. Quando irei eu entender que não há como classificar? Os momentos são tão fugazes, eles aparecem do nada, duram um tempo incerto, de segundos a horas, dias, meses... Para sempre? Não, pois eles são passageiros. E quando você menos espera, eles já acabaram. E a graça é que por mais que você espere por eles, sempre é pego desprevenido. Aos poucos vou aprendendo a desacelerar, a parar de querer ter um porto seguro. Aliás, eu preciso ter: em mim mesma. Afirmar minhas certezas, meu eu, ser minha própria rocha. Fora isso, ando aprendendo a andar na corda bamba. Em cima dos muros, seja nos dias nos quais o sol brilha forte e me aquece, ou nas noites em que a escuridão toma conta dos nossos corpos e das nossas mentes. Tendo uma âncora em mim mesma, posso sempre voltar à razão, mas ao mesmo tempo, posso aproveitar todos os momentos que eu conseguir. Quando deixo de pensar, quando deixo rolar, é quando mais consigo aproveitar. São risadas, felicidades, loucuras entre outras mil incertezas, mas que me alegram tanto! Eu tenho medo, bem lá no fundo, de que um dia esses momentos passem, apesar de eu saber que é exatamente isso que vai acontecer. Eu só não queria que fossem muito cedo... Apesar de algumas lágrimas vez ou outra, o riso tem prevalecido em meu coração. Aos poucos respiro fundo, concentro-me, e vou me entendendo, tornando-me alguém melhor, aprendendo a ter paciência, e construindo memórias cheias de momentos inesquecíveis, fulgazes, e vitais para a minha felicidade, minha vida.
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