Luz Solar


Vivendo em tempos de chuva e rajadas de vento, a menina se resignou em aproveitar o pouco que lhe era dado. Clamou pela água, pelas tempestades e pelas garoas, esperando que as gotas aliviassem a dor da partida. Deixada, sozinha ficou. De tempos em tempos, com os olhos marejados, chegava a desejar a escuridão dos recantos malditos do esquecimento. Na calada da noite, derramava as lágrimas de dor e solidão que tanto lhe afligiam o coração. Nunca tinha pensado em abrir a janela, para falar a verdade. Resquícios de fios dourados se infiltravam em seu quarto pelas frestas entre as táboas, mas ela ainda se recusava a sair de seu casulo. Com a persistência de luz, a menina não resistiu em ir espiar lá fora. Pé ante pé, saiu ao amanhecer de um novo dia, e a luz intensa solar cegou seus olhos. Com medo, tentou se esconder, mas a casa que outrora era dela não mais ali estava. Sem ter pra onde ir, ajoelhou-se no chão implorando para que o sol não a queimasse. Seus raios eram doces e quentes, e faziam bem para a sua pele. Seus cabelos reluziam, puro fogo que a fazia brilhar. Aos poucos, foi se levantando, sentindo como era bom aquela quentura e como tudo parecia mais bonito ao seu redor. Já conseguia respirar com mais facilidade. Não fazia ideia de quanto aquele dia iria durar, mas esperava que por bastante tempo. Decidida a não se apegar, jurou que tentaria não ser nem muito a chuva nem muito o sol. Sem escuridão que a engolisse, sem o sol que a cegasse. Sem o mar que a afogasse, sem a terra que lhe consumisse. Aproveitaria com cuidado, dessa vez. Iria ser racional, pelo menos até que o coração se alegrasse e implorasse, então, bem, então ela se jogaria do penhasco de encontro ao sol, acreditando que podia voar. Se a queda aconteceria ou se passáro seria, só o tempo iria dizer.

Poema - Soulmates (swan queen)


Os dias viraram noites diante de meus olhos
E as madrugadas duras e frias, intermináveis.
Meus olhos buscam os seus em um pedido mudo,
Suplicando por um pouco mais da sua atenção.

De espada em punho, eu deveria vencer sobre as trevas,
Mas quando a noite cai, arrasto-me de joelhos aos seus pés.
Queixo erguido, em pose de princesa eu deveria me portar,
Mas é de cabeça baixa que quero ao seu lado me postar.

Oneshot - Let Her Go


Oneshot - Let Her Go
Ship: Red Beauty
Songfic / Romance / Amizade / Yuri / Oneshot
N/A: Então, essa fic é oneshot, escrita para o aniversário Red Beauty! Não é uma das melhores, talvez, mas... Está fofinha, espero que gostem! E a fic é baseada na música "Let Her Go" da banda Passenger. Sugiro que escutem a música enquanto leem a história. Boa leitura!

A lua já estava alta, e a noite estava tão calma naquele dia... Quase não tivera movimento no restaurante, e muito menos na rua. Não havia nada para ver naquele dia. Ruby estava parada atrás do balcão, descansando com os cotovelos em cima da planície, e um copo de bebida a sua frente. Olhava desanimada para a janela, para a porta, esperando que alguém entrasse para lhe fazer companhia. Naquele dia em especial, estava mais desanimada ainda. Nada parecia dar certo em sua vida... Talvez, essa fosse a sua verdadeira maldição. A solidão. Ruby aprendera a lidar com a sua forma de loba. Aprendera a se controlar, e a aceitar que o animal era parte de si. Há muito tempo, quando andava pelas florestas, sentia-se culpada por ser tão selvagem daquela maneira. Mas sua mãe a ensinara a conviver consigo mesma, e a ser ela mesma. Enquanto vivia na Floresta Encantada, tudo era diferente. Ela era livre, e se sentia bem. Mas em Storybrooke... Ruby sentia-se sozinha. Deslocada.

Fúria Insana


Aquela parecia ser sua melhor festa em anos. Olhou-se no espelho, achando-se magnífica. Virando de um lado para o outro, admirando-se, achava que as roupas não eram exatamente o que ela escolheria para si, mas talvez fosse disso que ela precisasse, uma mudança. Talvez precisasse deixar os tênis e os jeans guardados no armário, e abusar dos vestidos e da maquiagem. Entrou na festa com a confiança que sempre lhe fugia, mas que naquele momento persistia. Cabeça erguida, sorriso no rosto, pose de artista. Seus quinze minutos de estrelato. Naquele momento, ela era especial, ela era bonita, ela era vista. Todos logo a reconheceram, tirou fotos, e era somente sorrisos. Talvez... Quem sabe, um pouco de sacrifício fosse realmente necessário.
Está frio aqui, o corpo que me aquecia partiu ao amanhecer. Está frio aqui, como todos os dias. Lá fora, observo a escuridão, perguntando-me quando me verei livre dela, minha companheira de noites sem dormir. Está frio aqui, novamente. Quando percebo um resquício de sol, luto contra, não deixo entrar, mas ele vai penetrando pela minha pele, fazendo cócegas na garganta e provocando o riso. Permito-lhe que entre, faça festa, e durma em minha cama, esquente-me, ame-me, transborde-me. Para que no dia seguinte, eu acorde na cama fria e vazia. Sempre as mesmas desculpas, as pessoas mudam, tinham coisas mais importantes para resolver, família, emprego, amigos... Não é pessoal. Ah não, nunca é. Nunca é por minha causa, há sempre uma desculpa. Está frio aqui, nem o café mais me esquenta, o desejo me alimenta e o amor amarga minha boca. Está frio aqui, e já não quero mais me aquecer.

Fanfic: Castle Walls - parte 03

N/A: Demorei, mas cheguei! lol Desculpem pela demora, falta de saber como continuar a história mesmo, mas acho que dei um rumo bom para ela, espero que vocês gostem, e matem a saudades de Kaddison! Elas continuam lindas, fofas e preocupadas rs Espero que gostem do capítulo, e deixem reviews! E obrigada a todos os comentários, eles me fazem continuar escrevendo essa loucura, fofura e sexyssura delas hahaha Beijos!


Parte 03   

Passamos a manhã toda na clínica, enquanto Addison conversava com a paciente e a examinava. O parto estava marcado para dali a duas semanas, mas por a menina ser mais nova, e ter complicações em casa, a médica estava preocupada com a paciente. Eu fiquei apenas ouvindo as conversas, sentada no sofá ao lado de Addison. Eu observava tudo, sem deixar que nada fugisse ao meu radar. Quando a paciente foi embora, ela ainda ficou mais um tempo dentro do escritório arrumando a papelada, e quando deu por si, já tinha passado da hora do almoço. Como tinha um dia cheio, perguntou-me se e eu me importava de comermos ali na clínica mesmo, e eu não me incomodei, conhecia bem essa rotina de ter que permanecer presa ao trabalho. Segui-a até a sala comunitária para comermos alguma coisa, e agradeci mentalmente quando descobri que não havia ninguém por ali.

— Tem tão pouca coisa aqui Kate... Tem certeza que não quer ir a um restaurante? Podemos ver algum aqui por perto... – ela comentou, com a porta da geladeira aberta, olhando para mim.

Imagens Que Contam História 23


Ela sentou-se na cama de costas para mim, onde estiveramos conversando minutos antes. Eu continuei meio sentada, meio deitada, olhando as costas bem desenhadas. Ela olhou-me por cima do ombro, indecisa, com os olhos cravados nos meus. Estremeci. Eu sabia o que aquele olhar significava, e também estava sem saber como proceder. Com os dedos nos lábios, hábito que tinha, encarava-me, esperando uma iniciativa da minha parte. O que poderia eu fazer? Tudo começara como uma brincadeira, ali, naquela cama. As provocações, os pequenos gemidos, as revelações e segredos... E então, as coisas foram se complicando, e os sorrisos ficando mais sinceros. As vontades viraram necessidades, e os quereres, exigências. Quando percebi, já estava cravando a marca perfeita dos meus dentes em seus ombros macios. Tínhamos levado adiante, como brincaidera, até onde dera, mas agora era o momento fatal. Ela mordeu o lábio inferior, com o ombro tão convidativo para mim. "E então?" sussurrou. Levantei-me, sorrindo, encostando-me às suas costas, o rosto colado ao dela, e sussurrei "Me deixa morder seu ombro?" Sorri, respirando em seu pescoço, e ela abriu um largo sorriso com o pedido. Não durou mais do que alguns segundos, para que a confirmação viesse de seus olhos castanhos claros. Minhas mãos arrastaram a gola da blusa, e meus dentes arranharam a pele fina, logo mordisquei o ombro que tanto me tirava o sono. Um gemido escapou por entre seus lábios, trazendo-me a confirmação.
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