Nunca. Você nunca vai saber do meu sentimento por você, nem imaginar, nem mesmo uma ideiazinha que seja. Não porque eu não comente, já que até escrevo nas paredes, carteiras, portas, braços, e até em uma plaquinha de neon que carrego no pescoço. E sim porque você não lê, passa despercebido, não olha, não vê. De vez em quando, de relance, uma olhadela aqui e outra ali, e volta a fechar os olhos, só sentindo cheiros e gostos, tatos. A noite cai, você sai, a rua escura iluminada somente pela plaquinha de neon verde-limão pendurada no pescoço de uma garota de pé, sozinha, no meio da rua, fazendo papel de boba, com um semblante triste no rosto.
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