Sentimentos. Sentimentos que saem de todas as ruas, viram tantas esquinas, e acabam em um mesmo lugar: dentro do meu peito. Transborda. Não posso suportar tanto, e ainda assim, o faço. De bom grado. De vontade. Vontade! Quantos livros já leu, tentando preencher o vazio no peito? Quantas palavras já teceu, em textos, poemas, histórias, para encher os outros com um pouco dos seus sentimentos? Quantas músicas já não ouviu, que machucavam de tanto sentimento, para fingir que não tinha uma vida desprovida de dor? Você buscou por isso. Busquei. Busquei e busquei. Não me arrependo. Não arrependo de chorar por sobre as páginas amareladas de um livro após o outro, ou de ficar horas e horas ouvindo a mesma música em um choro mudo que me lembra de sentimentos passados; ou então quantas vezes assisti a filmes que eu sabia que iriam me fazer chorar? E eu só conseguia apertar o play repetidas vezes. Sentimentos. Sentimentos matam. Sentimentos revivem. Sentimentos. Era tudo o que eu tinha. E foi tudo o que usei.
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