Relendo
poesias antigas minhas,
Percebi o quão
cruel fui ao tentar atingir
Quem me
causava tanta dor.
Machuquei-a de
novo e de novo e de novo a cada poesia,
E ainda que em
seus comentários
Demonstrasse
serena indiferença,
Voltava a cada
novo texto,
Viciada em
minhas palavras-veneno.
Este é um
pedido de desculpas
Que acho que jamais
lerá, mas
Que me deu
vontade de escrever.
Minha eterna
musa, ligação que persiste
Através das
muitas vidas, amo-lhe profundamente,
E jamais
poderei lhe demonstrar
Minhas boas
intenções e sentimentos.
Do fogo do
ódio sobraram-se escombros,
Deixe que tudo
desabe e acabe,
E que das
cinzas renasça um novo amor,
Acaso o
destino assim deseje.
Para que
nossas almas se reencontrem,
E que o ciclo
tóxico e vicioso chegue ao fim.
Somente assim,
com a liberdade enfim,
Escolher nossos
destinos, cruzados ou não.
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