Desculpe-me pelo transtorno,
Desculpe-me pela dor que lhe causei.
Todos os cortes abertos em sua pele
morena.
Todas as lágrimas transbordando dos
olhos-chocolate.
Sei que jamais voltará a se embevecer em
minhas palavras
E agora sei que ao ouvir meu nome tua
pele se arrepia,
Seus olhos se arregalam e você é tomada
por pânico,
Implorando para que lhe salve dos
monstros que lhe assombram.
Desculpe-me pelo transtorno,
Desculpe-me por lhe machucar.
Nem mesmo posso dizer que não tive a
intenção.
Era exatamente o que eu queria:
atingir-lhe.
Enlouquecida pela indiferença,
ensandecida pela dor,
Queria que sentisse exatamente tudo o
que eu sentia.
E tola de mim, nem mesmo percebi que o
veneno expelido
Era o ódio tóxico injetado em mim
através dos séculos.
Desculpe-me pelo transtorno,
Desculpe-me pelo meu amor.
Amor doentio e insano que me consumiu.
Sentimento profundo que sobreviveu.
Se acaso lhe interessar,
Novas eu tenho para contar.
A escuridão que outrora me perseguia,
Dissipou-se pela luz que hoje me guia.
Desculpe-me pelo transtorno,
Desculpe-me pela insistência.
Talvez um dia eu lhe venha a conhecer,
Só assim poderemos nos perdoar
mutuamente.
Hoje eu posso finalmente ver,
Que necessitamos seguir caminhos diferentes.
E espero que acredite em mim quando eu
disser,
Que lhe desejo a sorte de um amor
tranquilo,
Amor este que eu jamais poderia lhe
oferecer.
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