Never Too Late - Capítulo 10 (final)

N/A: Finalmente eu escrevi e traduzi o último capítulo da história! Me desculpem pela eterna demora para atualizar, eu havia me perdido na história, e não sabia como continuá-la, mas não queria abandonar. Agora eu consegui dar um final razoável, eu espero que gostem! Fiquei matutando em como acabá-la, já que o cap anterior foi se encaminhando pro fim. Espero que gostem, e que comentem! Agradeço a todos que lerem, comentaram, me pediram pra atualizar e não me abandonaram! rs Sem mais delongas... Divirtam-se! E boa leitura! ;)


Capítulo 10 (final)

           Enquanto Regina estava fora, levando Henry para a escola, Emma teve algum tempo para pensar. Ela andou pela casa, sentindo-se estranhamente confortável no lugar. Tudo parecia certo, como se fosse para ser. Ela não estava familiarizada com aquele tipo de sentimento. Andou até a sala, sentando-se no sofá, esperando impaciente. Ela não conseguia parar de pensar em como seria viver em uma família daquela forma. Era bem diferente para ela, não estava acostumada, mas era bom. Ela riu novamente com o seu sonho voltando à mente, e como tudo acontecera como no sonho, ou quase. Meia hora depois, a morena estava de volta.

            Regina entrou na casa, deixando sua bolsa e seu casaco perto da porta. Emma observava-a com um sorriso nos lábios. A morena sorriu de volta, tentando decifrar a expressão no rosto da loira enquanto ela se aproximava. Sentou-se no sofá ao lado de Emma, ainda em silêncio. Enquanto estava no carro ela tinha pensado um bocado sobre tudo o que estava acontecendo e a situação em que se encontravam, sobre seus sentimentos e o que era esperado dela. Dentro da sua cabeça ela já tinha planejado a conversa com Emma, iria passo a passo, conversar calmamente com ela, mas a xerife disparou na frente, como sempre.

— Então...  O que você queria falar? – Emma começou, olhando Regina nos olhos.

— Bem... Há muitas coisas que nós precisamos discutir...

— Certo. Vamos lá. Manda! – ela parecia um pouco anxiosa.

— Miss Swan, não é tão simples assim... – a morena sorriu. Era sempre assim com Emma, mas nada na vida de Regina era tão simples.

— Eu estou aqui, já disse. Eu não vou sair correndo. Não vou fugir. – ela encolheu os ombros.

— Você já deixou isso bem claro. – um pequeno sorriso apareceu em seus lábios enquanto ela se lembrava de todas as vezes que tentou fazer Emma ir embora, falhando em todas. — Escute, eu estou feliz que você queira ficar, e que você quer cuidar de Henry, e tudo o mais, mas isso não pode acontecer. – ela apontou para elas, sua expressão tornando-se dura e fria, indiferente.

— O que você quer dizer? – Emma fora pega de surpresa. Aquela conversa não estava acontecendo como ela esperava. — Mas, Regina... Ontem à noite nós...

— Sim. Eu sei o que aconteceu noite passada. Mas eu lhe asseguro que isso não irá acontecer novamente.

— Não, você só pode estar brincando. Eu não acredito em você. – ela sorriu, como se realmente acreditasse naquela brincadeira.

— Você pode acreditar no que mais lhe convier. Mas isto está acabado. – Regina se levantou, dando alguns passos à frente, como se provasse o que dizia. — Será mais fácil se você apenas aceitar. Você ainda pode jantar conosco, e você pode ver Henry o quanto quiser. Ele é seu filho também. Mas é somente isso. – ela nunca pensou que seria tão difícil dizer aquelas palavras à Emma, embora ela soubesse que precisava. Ela estava acostumada a desistir de tudo o que ela queria. Ainda que machucada, ela permaneceu calma e com a respiração normal.

— Não, não pode ser! Eu amo você, Regina! E você me ama também! Você me disse! – a loira se levantou também, abrindo seus braços em um sinal de desespero. — E mesmo que você não tivesse dito essas palavras, eu senti! – o que poderia estar acontecendo? Por que Regina estava agindo daquela maneira? Ela estava confusa, perdida em seus próprios pensamentos. Ela não queria desistir da chance de ter uma nova vida maravilhosa e incrível como aquela podia ser. Ela sabia que elas poderiam ter algo bom juntas.

— Emma, por favor, não torne isso mais difícil... – sua voz estava baixa, rouca. Passar muito tempo com a loira a deixou mole, as lágrimas já estavam se acumulando em seus olhos, mas ela não podia deixar que Emma as visse.

— Não! Tem que haver algo errado. O que diabos está acontecendo? Por favor, me diga... – ela arriscou aproximar-se um pouco.

— Não há nada errado. Eu só... – ela suspirou. Ela não podia dizer à Emma o que estava errado. Tudo aquilo era uma mentira. Aquela cidade inteira... Seus trabalhos, suas vidas... Emma não iria entender. Ficaria contra ela, como todo mundo sempre ficava. Claro, ela os amaldiçoou. Ela era a Rainha Má. Ela deveria ficar sozinha. E Emma era a salvadora, deveria derrubar a Rainha. — Por favor, vá embora.

— Eu não vou deixar essa maldita casa ao menos que você me diga o que está errado! Eu sei que tem algo fora de lugar. Eu sei que você está mentindo. Há uma razão para você estar fazendo isso.

— Eu já lhe disse não há... – ela não conseguiu terminar a frase porque Emma já estava bem atrás dela.

— Mentirosa! Vamos lá! Do que você tem medo, Regina? – a loira estava brava, com as mãos em seus quadris, respirando pesado.

            Sentindo Emma tão perto de si fez com que todo seu corpo tremesse; seus dentes rangendo, suas mãos se fechando em punhos, enquanto toda a sua raiva tomava conta de seu corpo. — Tudo! – ela gritou, sua voz agora mais baixa e profunda. Ela virou-se para encarar Emma, seus profundos olhos marrons brilhando. — Você quer mesmo saber o que está errado, Miss Swan? – um sorriso maldoso apareceu no canto dos seus lábios.

— Regina, o que... – pela primeira vez ela parecia ter medo, e estar ainda mais confusa.

— Você queria a verdade, não queria Miss Swan? Então agora você irá tê-la!

— De raios você está falando? – Emma deu um passo para trás, seus olhos arregalados.

— Henry está certo, você sabia disso? Todo mundo costumava parabenizá-lo por causa da sua grande e incrível imaginação... Tolos! Quão estúpidas são essas pessoas para não acreditar em uma criança?

— O que você quer dizer...? Então... Você é... a... – Emma não conseguia completar a frase. Abriu sua boca algumas vezes, sem poder acreditar.

— Sim, eu sou. – Regina sorriu, cruzando os braços na frente do peito.

— Eu não acredito em você! Isso não faz sentido! Como você poderia...? Quero dizer... Eu...

— Uma maldição. Você é tão ingênua que realmente nunca cogitou a possibilidade, Miss Swan?

— Bem, eu... Achei que era uma coisa de criança... Quero dizer, parecia ser... Loucura! – ela riu de nervoso, enfiando as mãos em seus bolsos. Era difícil acreditar. Não, não era possível. — Se... Se isso fosse verdade... Por que você faria isso?

— Por que, Miss Swan? Eu gastei minha vida inteira me sentindo culpada por existir! Eu nunca fui o suficiente para minha mãe. Eu era uma decepção para ela! Ela arrependeu-se de me ter, você não sabia disso, certo? Ela me disse que eu não era digna de seu amor, do trabalho que ela teve para me fazer uma rainha. Eu tive um verdadeiro amor uma vez... Você quer saber o que aconteceu com ele? Minha mãe arrancou o seu coração. Oh sua filha real não deveria se apaixonar por nada mais do que um simples garoto do estábulo. Ela me criou com nada mais do que regras, e palavras duras, sem amor, sem carinho... Eu só queria ser livre!

Emma piscou algumas vezes, surpresa, respirando rapidamente, prestando atenção à morena. — E por que você não fugiu?

— Você não acha que eu não tentei? – ela retrucou. — Não havia escapatória daquele inferno, especialmente após conhecer Branca de Neve... – seu lábio superior se levantou em uma careta, e sua expressão ficou mais raivosa.

— Ela era sua chance, Regina... Por que você...

— O que você está sugerindo? – Regina a cortou, seu tom subindo uma oitava. — Minha chance? A chance de ser arruinada, você quer dizer. Ela foi a razão de Daniel ser morto! O pai dela se casou comigo, mas eu não era nada mais do que um fantoche para ele, uma linda mulher-troféu para ser exposta. Ele me forçou. E minha mãe me forçou a viver com ele para ser uma rainha. Era o certo a se fazer. Ela queria isso. Branca queria uma mãe. O reio queria uma esposa. Eles queriam que eu fosse tanta coisa... Eles queriam que eu fosse má. Que eu fosse uma rainha. Que eu fosse perversa. Mas eles alguma vez me perguntaram o que eu queria?

            Olhos verdes se aprofundaram nos chocolate quando Emma perguntou:

— O que você quer, Regina?

            Lágrimas desceram de seus olhos, e um sorriso apareceu em seus lábios quando ela respondeu:

— Eu só quero ser feliz!

            Os olhos verdes brilharam, e Emma sorriu, ainda encarando os marrons, sentindo seu corpo ser envolvido por um sentimento bom e aquecido, enquanto ela abria os braços.

— Então seja!

            Houve um grande tremor, enquanto uma fumaça roxa começava a varrer a cidade. Uma lufada de ar invadiu a casa, passando por elas, enquanto ar puro começava a entrar em seus pulmões, quebrando a maldição. Regina caiu de joelhos, chorando incontrolavelmente, seu corpo todo tremendo. Emma estava confusa, as memórias começaram a voltar com flashes de uma vida passada aparecendo em sua mente. Ela olhou para Regina, em conflito com os sentimentos que começaram a aparecer.

— O que aconteceu? Regina... Você realmente... – sua voz sumiu, enquanto ela descobria quem realmente ela era.

— Você quebrou a maldição. – ela disse derrotada, sem se mover, seus olhos encarando o chão. — Eu não entendo... Como você pôde... – a rainha estava confusa, tentando montar o quebra cabeça.

            Emma se aproximou, ajoelhando-se de frente para Regina, segurando em seu queixo e levantando sua cabeça. Seus olhos se encontraram. Ela sorriu, dizendo em uma doce voz:

— Você está feliz, Regina?

            A morena soluçou mais uma vez, com seus olhos marrons brilhando, e ela sorriu. — Sim, eu estou.

            Emma rapidamente a abraçou apertando, chorando de felicidade. — Eu disse que eu não ia te deixar. Eu estou aqui. – ela sussurrou no ouvido da morena. — Eu amo você, Regina.

            A porta se abriu e um animado Henry correu para dentro de casa, gritando: “Eu sabia, eu sabia!” quando ele parou e ficou sem palavras diante daquela cena. Seus olhos se arregalaram, e ele tentava falar.

— Emma... Mãe... O que está acontecendo? Quero dizer, você é a Rainha Má! E você é a salvadora...

— Não, garoto. – Emma sorriu de volta, ainda ao lado de Regina, segurando em seus ombros, enquanto a morena permanecia em silêncio. — Ela é só a Regina. Sua mãe. – ela rapidamente olhou para Regina, encorajando-a a fazer o mesmo. Ainda incerta, ela começou a falar:

— Sim, Mis... Quero dizer, Emma está certa. Ela é somente a Emma. Sua mãe. – ela pausou por um momento, enchendo-se de coragem e suspirando, para então completar: — E meu final feliz.

            Ele ficou parado por alguns segundos, enquanto digeria o que ele tinha acabado de ouvir, enquanto lá fora havia pessoas gritando de felicidade, encontrando-se, mas nenhum deles na sala prestou atenção. Henry olhava de Emma para Regina, e enquanto um sorriso abria-se em seus lábios, ele correu para ambas as mães, abraçando-as apertado.

— Agora nós somos uma família. E agora nós somos felizes.

            Lágrimas caíram dos olhos verdes quando Emma ouviu aquelas palavras. Seu sonho passou uma vez mais em sua mente. Eles eram felizes. Ela sabia disso, via isso. Ela riu, pensando sobre as ironias do destino.

            Pessoas reais na vida real não são apenas boas ou más, nem mesmo nos contos de fadas. Elas são uma mistura de tudo. Todo mundo tem um lado que ninguém conhece, histórias de um passado que nunca ninguém ouviu. Todo mundo é digno de uma segunda chance. E o mais importante de tudo, nunca é tarde demais para ser feliz. E agora Regina era.


FIM

2 comentários

  1. Parabéns sua história é inesplicavelmente boa.Tudo isso que vc escreveu tenho certeza que é o desejo de cada fã das Swan Queen, esse seria um final maravilhoso e feliz tudo que queremos para ambas, muito obrigada por mexer tanto com a minha imaginação! :)

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    1. Tive que me deixar levar por essa incrivel historia e, não levei mais que dois dias pra isso de tão boa que é!

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