E pela primeira vez, olhei-a com os olhos do desejo. A sala estava escura, mas eu podia ver sua silhueta pela luz da lua que entrava pela janela. Os cabelos compridos caindo-lhe pelas costas nuas só me deixava mais excitada. As mãos escoradas na porta, de costas para mim, a voz rouca falando algo que eu não entendia. Tinha vontade de tocá-la, precisava disso. Sentir o seu corpo arrepiar-se ao toque dos meus dedos compridos e gelados, contrastando com sua pele quente como fogo. Virou o rosto para mim, seus olhos azuis brilharam na escuridão, eu podia enchergar o desejo estampado neles. Os lábios se abriram em um sorriso malicioso. Passou a língua nos lábios carnudos. Abriu as pernas, estendendo uma para frente e outra para trás. Mordi meu lábio inferior. Eu precisava daquela mulher. Precisava desesperadamente, não poderia mais aguentar. Lentamente ela aproximou-se de mim, debruçando-se sobre meu corpo, sem que me tocasse. Colocou as mãos no encosto da cadeira em que eu estava sentada, e começou a balançar o corpo naquela posição. Eu estava enlouquecendo! E ela sabia disso. Os olhos olharam dentro dos meus intensamente. E quando ela aproximou-se o suficiente para nossos lábios se tocarem...
Acordei, com uma ardência entre as pernas, e a urgência de conhecer aquela mulher.
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