Crônica: A Menina dos Óculos Vermelhos
Nota; Feliz aniversário, Aly! Espero que goste desse singelo presente.
Escrevi escutando "You're Beautiful" do James Blunt.
ps: na imagem o óculos não é vermelho :/ mas eu não achei outro que eu gostasse e combinasse, e eu gostei do título e também achei que não deveria trocá-lo.
Era um dia comum, ensolarado, e ventava um pouco. Eu estava sentada em um daqueles bancos de madeira da faculdade, esperando... O quê? Não sei, alguma coisa, qualquer coisa. Eu apenas esperava... Que algo mudasse, acontecesse. Talvez alguém caísse. Talvez o céu se abrisse. Talvez alguém me chamasse... Mas nada estava acontecendo. Era um dia comum. E como sempre, lá estava eu sozinha observando as pessoas que passavam por mim. Uma brisa bagunçou meus cabelos, fazendo com que caíssem em meus olhos. Quando consegui me livrar dos fios, prendendo-os atrás da orelha, aconteceu. Eu a vi. Ela vinha em minha direção, eu não a conhecia, era óbvio que ela não iria falar comigo. Era óbvio que ela nunca tinha me visto na vida, e assim sendo, uma garota como ela não daria bola para uma estranha tão comum e tão solitária. Os seus cabelos escuros estavam compridos, e balançavam com o vento. Ela usava uns óculos vermelhos, e eles emolduravam seu sorriso. Era um sorriso tão lindo! Usava um jaleco branco por cima do vestido azul claro. Ela vinha com algumas amigas, e eu fiquei meio sem jeito, mas ainda assim a observava. Ela ria do que elas falavam, mas de vez em quando olhava em minha direção. Ia se aproximando... Aproximando... E eu ainda imaginava que ela fosse passar reto. A poucos passos do meu banco ela parou, despediu-se das amigas, sorriu mais um pouco, e enquanto elas saíam ela virou-se para mim, ainda sorrindo, e deu os passos finais até chegar a mim.
Eu não conseguia parar de olhá-la. "Posso sentar?" Sua voz era tão linda! Eu não consegui responder, só movimentei a cabeça timidamente. Ela sentou-se ao meu lado, olhou em minhas mãos e percebeu o livro que eu ficara segurando por minutos intermináveis enquanto a observava. "Gosta de ler?" e riu brevemente, voltando a falar: "Claro que deve gostar, que pergunta boba! Senão não estaria com um livro em mãos a uma hora dessas!" Eu sorri, e finalmente consegui falar algo. "Imagina, não é boba. E sim, eu amo ler! Você gosta?" Ela balançou a cabeça afirmativamente e esfusiante. Sorri, ela era tão fofa! E logo começamos a conversar sobre livros, e filmes e seriados, e eu não conseguia parar de conversar com ela. O assunto fluía facilmente, e eu estava encantada com sua personalidade. Finalmente apontei para o seu jaleco, e pergutei sobre o seu curso. "Medicina." Respondeu-me, com os olhos escuros brilhando. Ora, que importante menina, querendo ser médica! E eu, pobre estudante de Letras, querendo mudar o mundo com minhas singelas palavras. Quando externei esse pensamento, seu rosto se contraíu e ela agarrou-se ao meu braço. "Mas as palavras são a coisa mais linda que eu já vi! Ajudam muita gente que precisa delas, e as faz viver novamente." E frente a tão sério semblante, percebi que não fazia troça. Sorri, agradecida. Quando lhe disse que almejava ser escritora, seus olhos brilharam novamente. E aquele seu sorriso lindo reapareceu. "Escritora, jura? Ai, um dia eu gostaria que escrevessem algo pra mim... Não precisaria ser nada muito assim..." Sorri para ela, enquanto meus pensamentos já se ajuntavam uns aos outros. "Quer mesmo um escrito só seu?" Indaguei, olhando-a nos olhos. Ela fez que sim, animada. Peguei o livro que eu lia, abri na primeira página, tirei uma caneta da bolsa e logo abaixo do título comecei a escrever. "Qual o seu nome?" Perguntei, ao que ela prontamente respondeu: "Alyete." Após feito, fechei o livro e entreguei-o a ela. "Isto é seu, um presente meu." Olhou-me assustada, "Não posso aceitar... Você pode gostar dele... Como posso levá-lo?" Coloquei-o em cima de seu colo. "É seu! Escrevi uma dedicatória pra você, agora ela é seu. Dessa forma, sempre lembrará de mim. Só me prometa que me verá mais vezes. "Claro que verei!" Ela sorriu-me. "Você não me disse seu nome!" Ela levantou-se, percebendo que eu já estava de saída. "É mesmo! E não lhe direi. Você terá que me ver de novo para saber meu nome." Sorri e pisquei-lhe, recebendo um sorriso lindo em troca. Afastei-me, enquanto a olhava ainda de longe, percebendo que ela abria o livro e lia a dedicatória, que dizia assim:
Eu não conseguia parar de olhá-la. "Posso sentar?" Sua voz era tão linda! Eu não consegui responder, só movimentei a cabeça timidamente. Ela sentou-se ao meu lado, olhou em minhas mãos e percebeu o livro que eu ficara segurando por minutos intermináveis enquanto a observava. "Gosta de ler?" e riu brevemente, voltando a falar: "Claro que deve gostar, que pergunta boba! Senão não estaria com um livro em mãos a uma hora dessas!" Eu sorri, e finalmente consegui falar algo. "Imagina, não é boba. E sim, eu amo ler! Você gosta?" Ela balançou a cabeça afirmativamente e esfusiante. Sorri, ela era tão fofa! E logo começamos a conversar sobre livros, e filmes e seriados, e eu não conseguia parar de conversar com ela. O assunto fluía facilmente, e eu estava encantada com sua personalidade. Finalmente apontei para o seu jaleco, e pergutei sobre o seu curso. "Medicina." Respondeu-me, com os olhos escuros brilhando. Ora, que importante menina, querendo ser médica! E eu, pobre estudante de Letras, querendo mudar o mundo com minhas singelas palavras. Quando externei esse pensamento, seu rosto se contraíu e ela agarrou-se ao meu braço. "Mas as palavras são a coisa mais linda que eu já vi! Ajudam muita gente que precisa delas, e as faz viver novamente." E frente a tão sério semblante, percebi que não fazia troça. Sorri, agradecida. Quando lhe disse que almejava ser escritora, seus olhos brilharam novamente. E aquele seu sorriso lindo reapareceu. "Escritora, jura? Ai, um dia eu gostaria que escrevessem algo pra mim... Não precisaria ser nada muito assim..." Sorri para ela, enquanto meus pensamentos já se ajuntavam uns aos outros. "Quer mesmo um escrito só seu?" Indaguei, olhando-a nos olhos. Ela fez que sim, animada. Peguei o livro que eu lia, abri na primeira página, tirei uma caneta da bolsa e logo abaixo do título comecei a escrever. "Qual o seu nome?" Perguntei, ao que ela prontamente respondeu: "Alyete." Após feito, fechei o livro e entreguei-o a ela. "Isto é seu, um presente meu." Olhou-me assustada, "Não posso aceitar... Você pode gostar dele... Como posso levá-lo?" Coloquei-o em cima de seu colo. "É seu! Escrevi uma dedicatória pra você, agora ela é seu. Dessa forma, sempre lembrará de mim. Só me prometa que me verá mais vezes. "Claro que verei!" Ela sorriu-me. "Você não me disse seu nome!" Ela levantou-se, percebendo que eu já estava de saída. "É mesmo! E não lhe direi. Você terá que me ver de novo para saber meu nome." Sorri e pisquei-lhe, recebendo um sorriso lindo em troca. Afastei-me, enquanto a olhava ainda de longe, percebendo que ela abria o livro e lia a dedicatória, que dizia assim:
"Aly, este livro é pra garota mais linda de todo o campus. Obrigada por me sorrir e dividir sua alegria comigo. Que você sempre se lembre de mim ao abri-lo. Sorria sempre, menina. Estarei sempre por perto, é só me procurar. Com carinho, L."
Laris, muito obrigada. Receber um texto seu como presente de aniversário é uma grande honra. Você tem me acompanhado há um bom tempo (1/4 da minha vida hehehehe), se tornou uma grande amiga, uma pessoa muito especial pra mim. Fico feliz por acompanhar você e vê-la conseguindo realizar seus sonhos, seus planos, e por ter você me ajudando a ficar firme para conseguir realizar os meus. Seus textos continuam sendo um refúgio pra mim, e tenho certeza que também o são pra muitas outras pessoas. Obrigada! Por tudo :)
ResponderExcluirAly
Verdade, faz tanto tempo... Fico super feliz que tenha gostado do texto, você merece! E também fico super feliz de você estar presente em minha vida até hoje, me acompanhando. E com certeza sempre estarei aqui, e espero que meus textos continuem sendo um refúgio pra ti. De nada, você merece Aly! :D
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