Tem dias que o riso some. Tem dias que já não sei mais o que fazer. Não tenho casa, não tenho para onde ir, não tenho abrigo. Sinto-me movendo-me pela areia movediça, correndo o risco de simplesmente ser engolida por ela em um dia qualquer. Não sei o que será do meu futuro, ando na corda bamba, sem conseguir enchergar um palmo a minha frente. Tenho medo. Medo de perder o que eu tenho hoje, tenho medo do frio que espreita pela janela fechada. É como se ele soubesse que logo essa luz iria se apagar e então seria sua vez de voltar para o seu lugar. Às vezes não tem como evitar certos pensamentos autodestrutivos. Sou uma bagunça ambulante e, aparentemente, não há ninguém que consiga lidar comigo. É mais fácil para os outros lidarem apenas com meu lado amigo, compreensivo, legal, inteligente e divertido. Sempre que chega-se nas profundezas, onde os verdadeiros problemas começam a aparecer, as pessoas recuam. Preferem se afastar, é muito mais do que elas conseguem aguentar. E isso dói. É difícil não se sentir mal quando se constata esse fato. Dessa vez, tiveram muitas barreiras, mostrando-me que seria impossível passar por elas. Aos poucos, as peças foram se encaixando e por um minuto pareceu que iria dar certo... Doce ilusão. Novamente, um entrave. Algo que me impede de estar completamente segura. Tenho vontade de fugir, recolher-me em meu mundo particular e confortável, com as pessoas que sempre me acolheram e aguentaram. Não sei o que fazer, o que pensar, o que sentir, e nem mesmo o que escrever.

Nenhum comentário

Postar um comentário

Layout por Maryana Sales - Tecnologia Blogger