Posso ser sua cabelereira?



Posso ser sua cabelereira? Posso mexer em seus cabelos?
Não tenho diploma não, senhorita, mas prometo ser gentil.
Observo os fios escorrendo pelos ombros, lisos e compridos, 
De um tom castanho-avelã e tenho vontade de moldá-los...

Posso trançá-los com meus dedos, deixando os ombros livres,
Podendo abraçá-la e depositar pequenos beijos em sua pele.
Bagunçá-los no alto da cabeça, dando-me livre acesso
Para pequenas mordidas em sua nuca arrepiada. 

Talvez enrolá-los em minha mão, puxando de leve, mas firme,
Exigindo o pagamento em forma de beijos nos lábios macios.
Ou repartí-los no meio, deixando os longos fios a cobrirem,
Enquanto aprecio a nudez bela do seu corpo aveludado. 

Se quiser, posso até mesmo transformá-los em cachos,
Enrolando-me nas castanhas dos teus olhos avelãs,
Mas só não me peça para cortá-los, minha cara amiga,
Não suportaria a perda dos seus fios que me conectam. 

Talvez tenha razão, e eu não possa ser sua cabelereira,
Mas deixe-me reformular minha pergunta inicial:
Posso ser seu segredo? Posso mexer em seu coração?
Sem diplomas e sem títulos, mas prometo cuidar dos seus cabelos.

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