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domingo, 27 de julho de 2014

Posso ser sua cabelereira?



Posso ser sua cabelereira? Posso mexer em seus cabelos?
Não tenho diploma não, senhorita, mas prometo ser gentil.
Observo os fios escorrendo pelos ombros, lisos e compridos, 
De um tom castanho-avelã e tenho vontade de moldá-los...

Posso trançá-los com meus dedos, deixando os ombros livres,
Podendo abraçá-la e depositar pequenos beijos em sua pele.
Bagunçá-los no alto da cabeça, dando-me livre acesso
Para pequenas mordidas em sua nuca arrepiada. 

Talvez enrolá-los em minha mão, puxando de leve, mas firme,
Exigindo o pagamento em forma de beijos nos lábios macios.
Ou repartí-los no meio, deixando os longos fios a cobrirem,
Enquanto aprecio a nudez bela do seu corpo aveludado. 

Se quiser, posso até mesmo transformá-los em cachos,
Enrolando-me nas castanhas dos teus olhos avelãs,
Mas só não me peça para cortá-los, minha cara amiga,
Não suportaria a perda dos seus fios que me conectam. 

Talvez tenha razão, e eu não possa ser sua cabelereira,
Mas deixe-me reformular minha pergunta inicial:
Posso ser seu segredo? Posso mexer em seu coração?
Sem diplomas e sem títulos, mas prometo cuidar dos seus cabelos.

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