Livro reúne 10 autores em uma verdadeira orgia

Olá pessoal! Como eu havia comentado, eu sou uma das autoras do livro Orgias Literárias da Tribo da Editora Orgástica, organizado pelo autor Fabrício Viana. Esse livro é uma antologia de contos que reúne diversos tipos de contos, cada um representando um grupo dentro do grupo LGBT, e cada um bem diferente do outro, e muito interessante. 

Eu tive o prazer de poder participar dessa coletânea, e fico feliz de ter conseguido ser selecionada, pois finalmente posso ter um dos meus contos publicado em uma antologia voltada para o público GLS (quem acompanha meu blog e meus trabalhos sabe que a maioria do que escrevo é voltara para esse público, principalmente para mulheres que amam mulheres). É sempre bom conhecer novos autores, novas propostas, e conhecer o diferente. O meu conto publicado no livro é "Loiras (In)Decentes", uma história bem engraçada e divertida, quem não leu, corre comprar o livro e dar uma olhada, pois além desse conto, será brindado com uma diversidade de opções para ler, conhecer, e gostar, dos outros autores dessa super antologia. E claro, compareçam no evento!

Para saberem mais sobre o evento, o livro e o organizador da antologia, foi lançado o release a baixo, com todas as informações: 

Conto – Promessas de Um Monstro



            Promessas foram feitas para serem quebradas, e mulheres para serem abusadas. Já dizia meu pai, que abandonou minha mãe quando eu tinha apenas três anos. Desde muito nova senti o gosto amargo da vida nas ruas. Sentia o peso dos corpos de diferentes homens em cima de mim, o cheiro repugnante de uísque barato impregnado nas roupas imundas, e tudo para conseguir uma merda de alguns trocados para não morrer de fome.

            Desde pequena aprendi a roubar, comecei com carteiras em bares. Conseguia ir para a cama com algum ricaço e depois de embebedá-lo e transar com ele, pegava tudo o que ele tinha e sumia nos becos da cidade outra vez. Aprendi a mentir para conseguir o que quisesse. A fingir, como uma atriz. Aprendi a apanhar também, sentir o gosto adocicado do meu próprio sangue. Aguentar a dor, engolir o choro, não me importar. E com o tempo, as marcas no meu corpo já retalhado não doíam mais. Com o tempo, aprendi que nada é pessoal, são apenas negócios. Não o dinheiro. É importante, sim, mas não tanto. O imprescindível para se sobreviver nesse mundo é ter poder. E agora eu o tinha.

Fanfic: Do What U Want - Capítulo 04


Capítulo 04

Demorou um pouco, mas após quatro horas Emma havia arrumado boa parte do escritório. Ainda havia algumas pilhas que ela precisava rever, mas a maioria das coisas já estava em seu devido lugar. Algumas vezes o telefone tocara; pequenas coisas que ela tivera que resolver na delegacia, que a interromperam de sua tarefa. Mas apesar disso, conseguira fazer bastante coisa. Já estava na hora de ir embora, juntou suas coisas e saiu, trancando o escritório. Pegou seu fusca e foi dirigindo até a casa de Mary Margaret. Logo quando entrou no apartamento percebeu que o local cheirava à comida. Seu estômago roncou, ela estava faminta! Mary estava no fogão, cozinhando animadamente, então ela chegou de mansinho, dando uma espiada no que havia para o jantar.

— Chegou cedo hoje. – Snow comentou, dando um beijo no rosto da filha.

— É, havia muita coisa para arrumar no escritório, e eu resolvi deixar uma parte para amanhã, estou bem cansada.

— Com certeza. Logo o jantar estará pronto. Henry está lá em cima lhe esperando.

Orgias Literárias da Tribo - evento

Olá pessoal! Eu estou participando de uma antologia chamada "Orgias Literárias da Tribo", da Editora Orgástica, e o lançamento desse livro será em 1° de maio de 2014, em São Paulo. Quem quiser e puder ir, e também quem quiser comprar o livro, só comparecer! O livro é uma coletânea com contos LGBT. 

Participem do evento no facebook:

https://www.facebook.com/events/475294819237559/?ref=2&ref_dashboard_filter=upcoming

Conto - Destino



O dia estava frio, mas eu até que gostava dessa brisa fresca batendo no rosto e esvoaçando meus cabelos. Eu escutei uma gaivota piar por perto, voando pelo céu cinza. O barulho do mar agitado me fazia bem. Olhei para a paisagem a minha frente, a única coisa que me acalma, o mar batendo nas pedras, o barulho, o vento... Interessante esse contraste de calmaria de uma praia deserta e das águas agitadas indo de encontro às pedras. Eu estive sentada na areia por muito tempo, apenas pensando, sentindo, relembrando.

            Levantei-me, e comecei a andar na beira do mar, sentindo a areia fria e úmida em meus pés. Eu gostava assim, dos dias úmidos e frescos. Sempre gostei do calor, mas não quando é muito quente; sempre gostei das chuvas, mas tive medo das tempestades. Você saberia disso, se tivesse ficado por aqui. Não cabe a mim lhe julgar, não é? Acho que eu deveria olhar primeiro para os meus erros, certo?
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