História - Falling Star: Capítulo 02 - Sonhos


Capítulo 02 – Sonhos

            Cara, que sonho bizarro!!! Como eu consigo sonhar com tanta coisa louca e misturada ao mesmo tempo? Sério, eu gostaria de saber! Acordei essa manhã meio zonza, troquei-me quase como uma múmia e tomei meu café preto como um zumbi. Fiquei no ponto de ônibus esperando, enquanto repassava o sonho pela minha mente. O ônibus chegou e eu entrei, sentando-me no fundo, encostada a janela. Cruzei os braços em frente ao peito, como eu gostava de fazer, recostei-me ao banco, e tentei me lembrar dos mínimos detalhes.

            Eu andava em uma floresta no meio da noite, enquanto percebia leões e tigres me encarando. Conforme eu ia passando, eles iam me seguindo, vindo atrás de mim, em fila indiana. Cheguei a uma cidade, mas não havia casas, só prédios e castelos, onde viviam cachorros e gatos, que tinham como animais de estimação as pessoas. Conforme eu ia explorando o local, descobria várias pessoas entrando na fila atrás de mim, acompanhando-me até a torre mais alta do lugar. De repente, todo mundo parou, espalhou-se, e começaram a dançar o Harlem Shake! Até os animais dançavam! E aí, do meio deles, veio surgindo a Fabiana, andando sensualmente, com uma rosa na boca, e totalmente nua! Quando ela chegou perto de mim, seus braços me tocaram e eu derreti, sim literalmente derreti!

História - Falling Star


História – Falling Star

Sinopse: Todos os dias eu pegava aquele ônibus, esperando encontrar Fabiana. Todos os dias eu descobria mais coisas sobre ela. Todos os dias ela ia aos poucos me ganhando. Todos os dias ela fazia com que eu apaixonasse um pouco mais. Todos os dias ela me mostrava que, enquanto eu procurava pela minha lua no céu brilhante, ela foi minha estrela cadente. Será que atenderia o meu pedido?

Essa é uma história continuação do conto "O Banco Vazio". Caso ainda não tenha lido, leia para poder entender melhor a história.

Crônica - CCG

CCG

- Bom dia senhora, tem um tempo para nos ouvir?

- Dia... Pode falar.

- A senhora tem filhos? Se sim, de quais idades?

- Eu tenho dois meninos, de 13 e 16 anos.

- Então talvez a senhora esteja interessada em nossos serviços.

- Por que estaria? Da onde o senhor é?

- Somos o pessoal do CCG. Controle da Cura Gay.

Conto - Procura-se: Identidade

Conto escrito para o concurso de contos da 13ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, pena que não ganhou.


Procura-se: Identidade

Ordem e progresso. Até que ponto a ordem traz o progresso? Até que ponto ela o atrapalha? Essa desordem nacional é tão organizada que me dá medo. Queria eu, mais bagunça dentro desse país das diferenças. Que país é esse? Já não sei mais. Que povo é esse? Não o conheço. Que cara é essa? Não é a minha. Que bandeira é essa? Eu não a escolhi. Procurando qual camiseta usar, percebo que são tantas estampas, tantas letras, tantas nações... Mas nenhuma delas condiz com o que tenho pra dizer. Vou de branco, mas... Branco branco, branco amarelo, ou branco preto?

Poesia - Obsessão


Essa obsessão é doentia,
Já não escuto mais o que dizes,
Meus olhos cravados em seu rosto,
Minha boca seca implorando a sua.

Essa obsessão é doentia,
A cor da sua pele me ofusca,
O brilho do seu sorriso me encanta,
Sua voz intensa é música aos meus ouvidos.
E tudo era risos, e tudo era felicidade, e ela atingiu a sua plenitude. Mas quando as festas acabaram, e seus amigos mais queridos sairam pela porta, seu sorriso foi se junto. O vazio a preencheu, o suspiro, o sentido de tudo, onde estava? Queria deitar e queria que alguém afagasse seu cabelo. Queria que pudesse ter o seu jardim de girassóis pela vida inteira, mas sabia que era impossúvel, nem mesmo as doces e agradáveis flores duravam para sempre.
O perigo está no que você diz.
O julgamento está estampado no seu rosto espantado.
O nojo está entalhado entre as linhas dos seus olhos.
O desapontamento está na expressão silenciosa do coração.
A mágoa está escorrendo feito criança que chora.
A tristeza se materializa nas lágrimas cristalinas.
O cansaço está escondido por entre as máscaras.
E a dor... Ah... a dor...
A dor está nos silêncios, nos burbúrios, nos sussurros,
do vento, do mar, da chuva
do que você não diz.
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